Provavelmente você está lendo esse texto utilizando um aparelho celular, um notebook ou algum outro equipamento eletrônico, correto? Os eletroeletrônicos estão presentes no mercado, cada vez mais modernos e não se pode negar, tem facilitado tanto a vida profissional como a vida pessoal de cada um de nós. Entretanto, esse avanço tecnológico, que tem acelerado a revolução tecnológica através da produção de inúmeros equipamentos em larga escala com variadas utilidades, tem permitido uma crescente preocupação quando pensamos no lixo eletrônico gerado a partir da fabricação desses equipamentos e sua correta disposição.
Estudos indicam que a indústria eletrônica é uma das que mais cresce no mundo (em termos de faturamento, perdendo só para a indústria petrolífera) e gera a cada ano milhões de toneladas de lixo eletrônico que ao serem descartados de modo indevido, contaminam o meio ambiente (solo e, consequentemente, o lençol freático), já que apresentam em sua composição substâncias químicas tais como chumbo, alumínio, mercúrio, cádmio, entre outros. Proporciona a emissão de gases à atmosfera provocando desequilíbrios nos ecossistemas e utiliza uma grande quantidade de insumos, como energia elétrica e matéria-prima em sua produção.
O que fazer então para diminuir a produção de lixo eletrônico e preservar o meio ambiente através de um descarte correto e eficiente? Como ainda não se tem uma legislação que estabeleça o destino correto para o livro eletrônico, embora o mesmo esteja enquadrado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o consumo responsável através da reutilização e manejo adequado seriam caminhos apontados como promissores. Algumas empresas, atentas aos problemas ambientais estão aplicando, ainda que de maneira tímida, a logística reversa como estratégia de diminuir a quantidade de lixo gerado por seus produtos.
Adotar estratégias corretas para o gerenciamento adequado do lixo eletrônico tem como função proporcionar benefícios para o meio ambiente e, consequentemente, preservar a qualidade de vida dos seres vivos. A dúvida é saber se é senso comum o interesse de preservação do meio ambiente quando estávamos tratando de um assunto que rende milhões.
Profª. Drª. Maria Estela A. Giro
Docente do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Biotecnologia, mestre e graduada em Engenharia Química. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Processos Bioquímicos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Fermentação, imobilização celular e remoção de H2S.
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