Escolha adequada do teste para diagnóstico de Covid-19

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Há pouco mais de um ano, estamos vivenciando uma experiência completamente nova: uma pandemia. Essa situação alterou completamente a nossa rotina e até o modo como nos relacionamos com as outras pessoas ao nosso redor. No momento, estamos passando pela “segunda onda” da Covid-19, algo que se acredita ter sido causado por fatores como o relaxamento no cumprimento das medidas que preveniam a propagação da doença (uso incorreto ou o não uso da máscara e realização de eventos que promovem aglomeração), assim como a circulação de novas variantes mais transmissíveis do vírus Sars-CoV-2.

Diariamente, somos alertados sobre os números alarmantes de pessoas infectadas e de novas mortes causadas pela doença, mas podemos considerar que estamos em melhor condição que um ano atrás, quando não tínhamos ainda testes disponíveis para diagnóstico da doença e as alternativas utilizadas para o tratamento dos pacientes estavam ainda em “fase de testes”, pois ainda não havia muitos dados sobre a sua eficácia.

Atualmente, temos diversas alternativas para o diagnóstico de Covid-19. Entre eles, temos RT-PCR, sorologia para anticorpos anti-Covid-19 e testes rápidos dos tipos antigênico e sorológico. A escolha correta do teste a ser realizado é de extrema importância para que uma pessoa não receba um resultado falso-negativo.

Como é possível fazer esses testes sem que haja a orientação prévia de um profissional da saúde, é necessário que se tenha um conhecimento básico sobre o tipo de teste que deve ser escolhido, baseando-se na contagem da quantidade de dias a partir do surgimento de sintomas. Podemos separar os testes em dois grupos: aqueles que detectam a presença do vírus e aqueles que detectam anticorpos produzidos contra o vírus.

Do grupo que detecta o vírus, fazem parte os testes RT-PCR e antigênico. Para estes, coleta-se amostra de nasofaringe com o uso de swab ou amostra de saliva. Estes testes devem ser realizados entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas, quando a quantidade de vírus circulante é detectável e indicam a presença do vírus, significando que a pessoa pode infectar outras pessoas caso não respeite o isolamento recomendado.

A partir do oitavo dia de sintomas, é recomendável que se façam os testes sorológicos, pois, a partir do sétimo dia de sintomas, começa-se a produzir anticorpos contra o vírus. Para a realização destes testes, coleta-se amostra de sangue (onde esses anticorpos ficam circulando) e é possível determinar doença prévia ou contato com alguém infectado.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), quase metade dos testes de Covid-19 realizados no Brasil foi aplicada no tempo inadequado, o que pode ter acarretado um resultado falso-negativo. Com esse dado, fica nítida a grande necessidade de se fazer a escolha correta para o diagnóstico da Covid-19 para que se possa ter um resultado confiável e para que seja recomendado o isolamento daqueles com resultado positivo, evitando a proliferação do vírus.

 

Profª. Ms. Emanuele Silva de Oliveira

Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário Ateneu

Doutoranda em Biotecnologia, mestre em Microbiologia Médica e graduada em Ciências Biológicas

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