Promover acessibilidade é dar às pessoas com deficiência condições de igualdade, eliminando barreiras e garantindo a inclusão social daqueles que apresentam alguma condição de deficiência. Estima-se que, no Brasil, cerca de 15% da população apresenta algum tipo de deficiência. Por isso, há lei específica para tratar dos critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Trata-se do Decreto nº 5.296 de 2004, que detalha a obrigatoriedade do atendimento prioritário, as condições arquitetônicas de acessibilidade, entre vários outros direitos desse público.
Destarte, para haver a inclusão de pessoas com deficiência, é necessário incorporar os requisitos de acessibilidade nos ambientes, para que todos frequentem o mesmo espaço e tenham acesso às mesmas coisas, com dignidade. Além da acessibilidade arquitetônica, e atitudinal, o conceito da vida independente deve ser pautado, pois sabe-se que a pessoa com deficiência é que deve ter o controle de sua situação. Para tanto, é preciso evidenciar o protagonismo das pessoas com deficiência (PCDs), contribuindo para o desenvolvimento das habilidades sociais e com a sua formação.
Nesse sentido, é papel da comunidade acadêmica promover a inclusão em todos os seus aspectos. Além da partilha de conhecimento, o ambiente acadêmico deve ser favorável ao desenvolvimento das habilidades sociais. Caballo (2006) chama de “habilidades sociais (…) um conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas”.
Tendo a base do princípio da alteridade, que segundo Spadini, não é somente estar em contato com o outro, mas é nos reconhecer no outro e perceber que também há um valor no outro indivíduo. Ele cita que “há algo de igual em todos nós, inclusive, nas diferenças”. A comunidade acadêmica é fundamental para a inclusão de pessoas com deficiência, fomentando o debate, visibilizando as lutas das PCDs, formando cidadãos atuantes e conscientes, e assim, impactando nas situações cotidianas, colaborando com a formação de uma sociedade respeitosa, acessível e inclusiva.
REFERÊNCIAS
CABALLO, V. E. Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. São Paulo: Editora Santos, 2006.
Prof. Paulo Vitor Vilela Paiva
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Literatura e Ensino e graduado em Educação Física e graduado em Letras-Libras (Licenciatura)
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