Em todos os momentos de nossa vida, aprendemos muitas coisas e amadurecemos também, especificamente, durante os meses que vivemos a pandemia por conta do novo coronavírus. Destacamos esse período porque, de fato, houve uma mudança significativa em relação ao comportamento das pessoas em relação aos seus modos de consumo, estendendo essa concreta mudança até os dias atuais, quando vemos números e estatísticas realizadas em relação aos tipos de produtos e serviços que adquirimos para satisfazer nossas necessidades, dentro de várias perspectivas, quando avaliamos, por exemplo, preços e quantidades.
Assim comecei a refletir melhor em relação a esse tema que é a mudança do consumidor em relação ao seu modo de consumo. Quando este quer e precisa satisfazer suas reais necessidades de consumo, para a sua sobrevivência, acaba deixando para um segundo plano os seus desejos e mais ainda, adiando seus sonhos. Os consumidores nos últimos meses tornaram-se mais conscientes e neste ponto a restrição orçamentária contribuiu sobremaneira para que entendêssemos que deveríamos dar mais prioridade à satisfação de nossas necessidades em relação à satisfação de seus desejos e à realização dos nossos sonhos também.
Dessa forma, é fácil percebermos o quão somos influenciados para que ultrapassemos a barreira do consumo para além das nossas reais necessidades. E se não vencermos esses influenciadores que nos bombardeiam através das mídias, caímos num precipício chamado de dívidas. É nesse momento que consumimos além do que realmente precisamos para sobrevivermos e desrespeitamos as nossas próprias limitações financeiras.
Diante dessa reflexão me vem a mente interrogações justamente em relação a isso, ou seja, será que consumo realmente só o necessário ao que preciso para estar vivo e com a saúde boa? Ou estou desrespeitando minha condição financeira e ultrapassando o limite das minhas necessidades? A que custo estou realizando os meus desejos? A que custo estou antecipando os meus sonhos? Você já parou para pensar que a mídia tem mais interesse em estimular o consumo exacerbado e nos conquista a ponto de consumirmos de forma impulsiva e não o contrário que seria nos educar a sermos consumidores mais conscientes?
Por um lado, isso parece óbvio e racional se temos um olhar mais voltado para o lado do produtor, vendedor do produto de uma empresa que usa da publicidade para conquistar cliente e assim vender mais, lucrar mais e, consequentemente, viver mais tempo no mercado. Minha preocupação é ver o outro lado da moeda que é o lado do consumidor, em relação a sua defesa contra os influenciadores que não estão aí para nos educar para sermos melhores consumidores e sim nos bombardeiam com propagandas estimuladoras que nos levam à condição de consumistas.
Assim, apresento algumas dicas para que possamos amadurecer cada vez mais para que sejamos consumidores mais conscientes e menos impulsivos. Eu diria que comprar somente o necessário, optar por comprar produtos com embalagens reduzidas e retornáveis, aproveitar ao máximo todos os alimentos, andar menos de carro e optar por outros meios de transporte, separar corretamente o lixo para reciclagem e doar sempre que possível plantar uma horta em casa e consumir menos energia, apagar as luzes ao sair dos ambientes; fechar a torneira enquanto ensaboa as louças, lavar as mãos ou escovar os dentes, por exemplo, diminuindo o desperdício; desligar os aparelhos eletrônicos que não estão em uso da tomada; colocar os alimentos dentro da geladeira somente quando já esfriaram; planejar as compras de alimentos e de roupas; comprar produtos de produtores locais; aproveitar os papéis, utilizando frente e verso das folhas; reduzir a papelada optando por contas digitais e recusando notas fiscais físicas, por exemplo; optar, sempre que possível, pelo transporte coletivo ou compartilhado; procurar utilizar bicicleta para se locomover, ao invés de carros ou motos; reutilizar embalagens e objetos; separar o lixo orgânico e reciclável, mesmo sem coleta seletiva, e faz o descarte correto dos itens, como pilhas e baterias; ler os rótulos e buscar a origem dos alimentos ou produtos, além de pesquisar sobre o processo produtivo; priorizar produtos feitos com material reciclado e produtos orgânicos; compartilhar informações sobre empresas e produtos; e cobrar ações do poder público que beneficiem o meio ambiente.
Bom, finalizo esse discurso esperando ter contribuído de forma a tornar o leito realmente um consumidor mais consciente em relação após seus hábitos de consumo.
Prof. Charlles Franklin Duarte
Docente do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Administração Financeira e graduado em Ciências Econômicas
Saiba mais sobre o Curso de Administração da UniAteneu.