A proporção de idosos na população brasileira vem crescendo rapidamente desde o início da década de 1960, quando a queda das taxas de fecundidade e o aumento da expectativa de vida começaram a alterar a sua estrutura, estreitando progressivamente a base da pirâmide populacional e alargando o seu ápice, o que ocasiona redefinição nas responsabilidades familiares e nas demandas por políticas públicas, alterando até mesmo as relações de gênero no seio familiar.
Estudos têm mostrado que a intervenção farmacêutica por meio de ações educativas e orientações sobre o regime terapêutico traz benefícios à saúde do paciente e ao processo de promoção da saúde. Essa orientação pode ser destinada ao paciente idoso, ao seu acompanhante, familiar, cuidador e, ainda, ao médico prescritor e demais profissionais de saúde envolvidos diretamente na assistência à saúde.
A Atenção Farmacêutica (AtenFar), prática desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica, tem aumentado muito nos últimos anos e a sua consolidação tem sido gradativa, sobretudo, nos países em desenvolvimento. O objetivo da AtenFar não é intervir no diagnóstico ou na prescrição de medicamentos, atribuições do médico, mas garantir uma farmacoterapia racional, segura e custo-efetiva.
Envolve macrocomponentes como a promoção e educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensa, atendimento farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico (SFT), além do registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados, incluindo todos os problemas relacionados aos medicamentos (PRMs). Porém, ainda há muitos desafios pela frente como adesão ao paciente, informação ao público em geral e conscientização das empresas (farmácias) e dos próprios usuários.
Prof. Me. Yuri Costa Barreto Cavalcante
Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Biofarmacêuticas, especialista em Industria Farmacêutica e graduado em Farmácia.
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