A biossegurança se constitui no conjunto de medidas aplicadas na área da Saúde visando preservar a saúde dos profissionais e pacientes à medida que reduz o risco de contaminação e a disseminação de microrganismos causadores de doenças, como bactérias, vírus e fungos (SANTOS; CAMOS; CAMPOS, 2006). A Odontologia é uma área da Saúde reconhecidamente de risco e com práticas muito insalubres, sendo que os meios de contaminação mais comuns nessas práticas são o sangue, secreções, fluidos, materiais e instrumentais contaminados etc.
Os profissionais dentistas e a sua equipe devem usar os equipamentos de proteção individual (EPI) para diminuírem os riscos de contaminação durante o atendimento, sendo indispensáveis: luvas, máscara, gorro, propé, avental e óculos de proteção. O processo de esterilização tem como meta eliminar os microrganismos patogênicos, sendo extremamente necessário para o controle da contaminação cruzada e para que o atendimento seja seguro.
Para o controle de contaminação dos materiais usados, a atenção maior se volta para a lavagem e desinfecção desses materiais para que o processo de esterilização seja realizado de forma correta e com monitoramento. Nesse sentido, as centrais de esterilização são indispensáveis para garantir a biossegurança. Nelas são realizados a lavagem, secagem e armazenamento dos materiais.
Esses passos quando exercidos de maneira rigorosa garantem o controle da disseminação de doenças entre pacientes e profissionais e entre pacientes (COSTA, 2019). Essas centrais de esterilização variam de tamanho no serviço odontológico, dependendo do local de atendimento. Em geral, possuem uma área menor e com menos equipamentos nos consultórios. Por outro lado, as centrais são maiores e com mais equipamentos nas clínicas de maior porte (DIAS et al; 2014).
Outro ponto é que na desinfecção temos a eliminação de grande parte dos microrganismos, sendo usadas algumas substâncias como álcool, compostos de cloro ativo, glutaraldeído e ácido peracético. O método de esterilização mais adequado é a autoclave onde a esterilização é feita por vapor d’agua com a temperatura de 121ºC com a variação de tempo de 15 a 20 minutos.
Referências Bibliográficas:
COSTA, Andreza Isabel de Souza. Desenvolvimento de um protótipo de um sistema web para central de esterilização de materiais odontológicos. 2019. 59f. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-graduação em Ensino em Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2019.
DIAS, Ana Giselle Aguiar et al. Esterilização no serviço público odontológico. Clínica e Pesquisa em Odontologia – UNITAU, v. 6, n. 1, p. 2-10, 2014.
SANTOS, Maria Valéria Argente; CAMOS, Fabiana Bueno de Godoy; CAMPOS, Juliana Alvares Duarte Bonini. Biossegurança na odontologia. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 10, n. 2, p. 51-58, 2006.
Prof. Me. Valmirlan Fechine Jamacaru
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Médico-Cirúrgicas, especialista em Estomatologia e Cirurgia Oral Menor e graduado em Odontologia
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