A prática do aleitamento exclusivo se configura como uma das medidas essenciais para a saúde e desenvolvimento da criança no início da vida. Possui baixo custo e alta confiabilidade, permitindo um benefício calórico e proteico. O leite materno confere a proteção imunitária necessária para a criança no primeiro ano de vida. Crianças alimentadas exclusivamente no seio até o sexto mês têm um risco menor de morbimortalidade por doenças respiratórias e diarreicas, além de serem beneficiadas cognitiva e motoramente.
Apesar de todos os benefícios já comprovados do aleitamento materno, no Brasil o desmame precoce é uma realidade. Uma das explicações para essa questão é o fato de que a amamentação tem estreita relação com o contexto cultural e, sobretudo, com as diferentes percepções de cuidado. Dentre as razões mais identificadas nos serviços de saúde para interrupção precoce, estão: leite insuficiente, trabalho da mãe fora do lar, problemas nas mamas, e até mesmo influencia familiar.
Garantir uma ampla cobertura do aleitamento materno é um desafio para saúde pública, uma vez que os profissionais de saúde, em especial, o (a) enfermeiro (a) deve investir na promoção, proteção e apoio ao aleitamento, na perspectiva de ampliar o tempo de duração da amamentação exclusiva. Essa ampla discussão deve ser feita pelos profissionais de saúde de forma individual, familiar e com todos os segmentos da sociedade, com o objetivo de melhorar os indicadores de saúde infantil.
REFERÊNCIA
PERES, Janaine Fragnan et al. Percepções dos profissionais de saúde acerca dos fatores biopsicossocioculturais relacionados com o aleitamento materno. Saúde em Debate, v. 45, p. 141-151, 2021.
Profª. Drª. Edina Silva Costa
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Ciências da Saúde, mestra em Saúde Coletiva, especialista em Obstetrícia e Saúde da Mulher e graduada em Enfermagem
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