A Enfermagem constitui-se como uma ciência em construção. Na antiguidade, nossa base de conhecimento era o senso comum, mas a partir do século XIX, o conhecimento científico começou a substituir o empirismo na Enfermagem, mediante uma figura que teve grande importância, Florence Nightingale. Essa enfermeira destacou-se mediante uma nova forma de cuidar, a partir de um pensamento lógico, organizado e porque não dizer, “científico”.
Com o surgimento da Enfermagem moderna houve o início do processo de cientificização que contribuiu para a construção das teorias de Enfermagem e do conhecimento epistemológico da profissão. Essas teorias têm grande embasamento em respaldo científico e isso deve-se às ações e pesquisas desenvolvidas no âmbito da Enfermagem e por profissionais enfermeiros.
Atualmente, no meio acadêmico, percebe-se o crescimento de pesquisas na área da Enfermagem. A cada dia, esses profissionais buscam aperfeiçoar-se e aumentar seu conhecimento, não apenas por modalidades “lato sensu”, mas por modalidades “stricto sensu”, ou seja, a busca por mestrados e doutorados, tanto em âmbito nacional como internacional, visto que existem inúmeros programas com bolsas de estudo que incentivam tais pesquisadores a desbravarem os mais diversos países e campos de pesquisa.
Essa “sede” pela pesquisa vem se instalando nas instituições de ensino, por meio de grupos de pesquisa e de extensão. Os professores, cada dia mais capacitados e motivados pela pesquisa, acabam sendo exemplos e servindo de referência para os jovens alunos que desenvolvem também o interesse pela pesquisa. A participação precoce do acadêmico de Enfermagem nessa experiência aumenta sua chance e desejo de tornar-se um pesquisador futuramente.
A cada dia, ganhamos mais espaço nas diferentes áreas e para nos mantermos, temos a necessidade de nos internacionalizar, ou seja, aumentar nossas produções científicas internacionais e divulgar nossos resultados, por meio de pesquisas com cunho científico e desenvolvidas com rigor metodológico. A partir desse processo de internacionalização, tanto dos programas de Enfermagem como das publicações, conseguiremos destaque e reconhecimento. Isso proporciona o crescimento do acadêmico e do futuro profissional, melhorando a qualidade do conhecimento científico produzido e da assistência de Enfermagem prestada.
Mas, para isso, é necessário dedicação, estudos, aquisição de novos conhecimentos e, principalmente, motivação. Precisa-se também de investimentos, seja pelas instituições de ensino ou pelos programas governamentais, para que novos enfermeiros pesquisadores destaquem-se e desenvolvam pesquisas de cunho científico e de valor para a sociedade, ou seja, que traga retorno social.
Os avanços na Enfermagem no campo científico vem crescendo a cada dia, mas para isso urge a necessidade de formação de novos profissionais motivados para darem continuidade ao legado e que busquem desenvolver pesquisas em diferentes campos para dar visibilidade à profissão. Esse processo forma novos profissionais com pensamento crítico em todos os âmbitos, desde a prática assistencial até o aprofundamento teórico da pesquisa.
Profª. Drª. Vanessa da Frota Santos
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu
Doutora e mestre em Enfermagem, especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, em Informática em Saúde, em Enfermagem do Trabalho e em Saúde Pública e graduada em Enfermagem. É enfermeira da Clínica Obstétrica da Maternidade Escola Assis Chateaubriand e do Instituto Dr. José Frota.
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