Prezado leitor, é comum assistirmos na televisão entrevistas no YouTube, redes sociais (Instagram, Twitter, Facebook, etc.) empresários argumentarem sobre as nomenclaturas dos termos custos, despesas, gastos ou investimentos. Mas, será que estes termos são colocados corretamente no contexto que eles estão inseridos? O objetivo deste texto é elucidar a diferença entre gastos, custos, despesas e investimentos, a fim de que o leitor em uma situação de entrevista de emprego, reunião de trabalho ou amigos possa utilizar estes termos corretamente.
Primeiramente, custos, despesas e investimentos são gastos! Mas, antes de aprofundarmos na nossa discussão os gastos ou desembolsos consistem na aquisição de um produto/serviço qualquer, que gere algum sacrifício financeiro para a empresa. Este sacrifício pode ser a promessa de entregas de ativos que na maioria dos casos é o dinheiro do caixa ou da conta corrente da empresa.
Agora sim, vamos às devidas diferenciações. Os custos são gastos com bens ou serviços que serão utilizados na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos relacionados ao “chão de fábrica” ou área de produção. São eles: matéria-prima, salários da mão de obra do setor de produção, depreciação das máquinas da fábrica, etc.
As despesas, ao contrário, são gastos com bens ou serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Em outras palavras, são gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. São eles: salários e encargos, comissão de vendedores, material de consumo – escritório, pró-labore, impostos, etc.
É importante destacar que a diferença principal entre custo e despesa diz respeito à subordinação com o setor de produção. É importante ficar claro, meu estimado leitor, que os gastos com pessoal podem ser classificados tanto como custo (referente aos salários de funcionários do “chão de fábrica”) quanto despesa (salários dos funcionários das demais áreas, exceto da área de produção).
Por fim, os investimentos são gastos na aquisição de bens/ou serviços com o intuito de obter benefícios esperados em períodos futuros. Por exemplo, suponha que os donos de uma padaria que desejam substituir seu forno movido à lenha por um forno elétrico. Sem dúvida, a aquisição deste equipamento é uma tecnologia que permitirá futuramente aumentar a capacidade produtiva da padaria na produção de pães, bolos, etc.
Prof. Me. Fabrício José Costa de Holanda
Docente do Curso de Logística do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Economia Rural e graduado em Ciências Econômicas e Matemática (Licenciatura)
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