Pré-eclâmpsia grave: o olhar da Enfermagem na prevenção de complicações e na humanização do cuidado

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A pré-eclâmpsia grave (PEG) é uma síndrome hipertensiva que impõe desafios consideráveis à segurança materno-fetal e requer um olhar atento da Enfermagem para prevenir complicações e promover um cuidado humanizado. O impacto da PEG é expressivo, podendo evoluir para condições mais graves, como eclâmpsia e síndrome HELLP, colocando em risco a vida da gestante e do bebê. Nesse cenário, a atuação do enfermeiro vai além do monitoramento de sinais vitais, abrangendo a gestão de riscos, a assistência farmacológica e o suporte emocional.

A prática da Enfermagem diante da PEG demanda uma abordagem sistemática e criteriosa, iniciando-se pela vigilância clínica. A aferição rigorosa da pressão arterial, o controle de sinais como dor de cabeça persistente, visão turva, dor epigástrica e edemas são essenciais para identificar precocemente complicações iminentes. A detecção precoce desses sinais permite intervenções oportunas que minimizam riscos e aumentam a segurança da paciente.

O manejo terapêutico da PEG inclui a administração de sulfato de magnésio, um fármaco vital para prevenir convulsões e garantir estabilidade hemodinâmica. O enfermeiro deve monitorar a resposta da paciente ao medicamento, observando possíveis efeitos adversos, como hiporreflexia e depressão respiratória. Da mesma forma, o controle da hipertensão arterial deve ser realizado com cautela, evitando reduções abruptas que possam comprometer a perfusão placentária.

No contexto da humanização do cuidado, a Enfermagem desempenha um papel central ao acolher a paciente e fornecer informações claras sobre a sua condição. A pré-eclâmpsia grave pode desencadear sentimentos de angústia e incerteza, tornando essencial uma abordagem empática e educativa. O enfermeiro, ao estabelecer um vínculo de confiança, contribui para a adesão ao tratamento e melhora a experiência da gestante durante esse período desafiador.

A Enfermagem é um pilar essencial na assistência à paciente com PEG, unindo competências técnicas e sensibilidade no cuidado. O compromisso com a atualização científica e a atuação proativa na prevenção de complicações fazem do enfermeiro um profissional indispensável na segurança materno-fetal. Dessa forma, a Enfermagem não apenas assegura uma gestão eficaz da pré-eclâmpsia grave, mas também fortalece a humanização do cuidado na obstetrícia.

Profª. Ma. Juliana Sampaio dos Santos
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu.
Mestra em Cuidados Clínicos em Saúde, especialista em Preceptoria em Saúde e em Enfermagem Clínica e graduada em Enfermagem.

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