O herpes labial recorrente é uma doença viral que acomete pessoas que estão com a imunidade comprometida. O primeiro contato com o vírus ocorre até os cinco anos de idade, em praticamente todas as crianças que vivem em condições urbanas. Em alguns casos, é considerada uma doença sexualmente transmitida (DST).
Após a contaminação, a criança pode desenvolver anticorpos e não apresentar episódios recorrentes nos lábios. Em outros casos, o vírus permanece latente (sem causar doença) no organismo e só volta a se manifestar com a queda da imunidade, anos mais tarde. Gripes fortes, anemias, desidratação e diabetes são fatores que diminuem a resistência da pessoa, fazendo com que o vírus se multiplique e cause a infecção labial recorrente.
A contaminação ocorre de pessoa para pessoa através da saliva, secreções ou objetos compartilhados quando a doença está presente. Existem três tipos de herpes simples como falaremos a seguir, sendo dois na região da boca e um na região genital. O primeiro é a gengivoestomatite herpética primária, que é observada mais comumente em crianças com idade variando entre um a cinco anos e, embora, mais rara, pode acometer adultos com as defesas do organismo muito comprometidas como, por exemplo, portadores de HIV/AIDS, diabetes ou câncer. Nesta primeira contaminação, as lesões são localizadas na boca, principalmente, no palato e gengiva. As úlceras (feridas) são muitas e doloridas.
O segundo tipo, e mais comum, é o herpes labial recorrente, que é uma lesão infectocontagiosa que acomete a mucosa labial e a pele perioral (vermelhão do lábio e pele). Essa virose se manifesta quando há uma queda de imunidade. O quadro clínico é bem característico, ou seja, pequenas bolhas ou vesículas que se rompem e geram úlceras (feridas recobertas por crostas). O herpes labial desaparece geralmente entre sete a 14 dias, até aparecer uma nova infecção.
O herpes recorrente do tipo II ou genital manifesta-se também sob a forma de vesículas ou úlceras bastante doloridas e recorrentes. O diagnóstico do herpes labial é dado pelo exame clínico, citologia (Papanicolau) ou exame de sangue. O tratamento é feito com cremes e/ou comprimidos antivirais.
Prof. Me. Carlos Antônio Moreira
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Radiologia, especialista em Radiologia Odontológica e em Patologia Bucal e graduado em Odontologia
Saiba mais sobre o Curso de Odontologia da UniAteneu.