A Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) compreende a atividade física como todo movimento corporal produzido por nossos músculos esqueléticos, que proporcione um gasto calórico superior ao consumido quando estamos em repouso. A partir dessa definição podemos imaginar as diversas possibilidades de atividades físicas que podemos nos envolver para atender as recomendações.
De forma geral, todos os indivíduos adultos devem contemplar, no mínimo, 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. Sabe-se ainda que a prática de atividade física pode estar associada à prevenção, controle e diminuição de chances do surgimento de diferentes doenças.
Atualmente, mesmo diante da importância da prática de atividade física, percebemos uma importante prevalência de pessoas que não realizam. De acordo com dados do Vigitel (2021), a frequência de indivíduos fisicamente inativos no Brasil variou entre 12,0 e 19,3%. Para a capital do Ceará, alcançamos 17%, com maior prevalência de inatividade física para os homens (18%). Observa-se também que 48,2% dos indivíduos adultos não alcançaram um nível suficiente de prática de atividade física, sendo as mulheres mais insuficientemente ativas (55,7%).
Embora nos últimos anos tenha-se aumentado a prática de atividade física na população brasileira, a quantidade e a intensidade da atividade física deve ser manejada com atenção. Recentemente, uma pesquisa realizada na Inglaterra (Feng et al., 2023) com uma coorte de mais de 90 mil pessoas, destacou-se que a prática da atividade física, realizada em intensidade moderada à vigorosa, a qualquer hora do dia está associada a risco mais baixo de mortalidade por todas as causas, morte por doenças cardiovasculares e mortalidade por câncer!
Adicionalmente, os autores destacam que o tempo em atividade física moderada à vigorosa pode contribuir para a saúde da população de forma geral, ou seja, na prevenção do surgimento de doenças. Assim, é imperativo o envolvimento em alguma atividade física por parte da população e que tal atividade possa desencadear uma exigência física suficiente para ganhos na aptidão física.
Prof. Me. Júlio César Barbosa de Lima Pinto
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Doutorando em Ciências Médicas, mestre em Educação Física, especialista em Treinamento de Força e em Fisiologia do Exercício e graduado em Educação Física (Bacharelado)
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