Ensino superior: reflexões sobre empreendedorismo e inovação

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A transformação de uma sociedade é impulsionada por algum evento. A humanidade presenciou seis catástrofes importantes até o momento: a peste bubônica, varíola, cólera, gripe espanhola, gripe suína e a Covid-19. Elas trouxeram prejuízos econômicos e sociais, mas por outro lado ofereceu uma enorme oportunidade de se reinventar em todos os segmentos, e na educação não foi diferente.

Com este entendimento, traçamos alguns questionamentos para reflexão. O que aconteceu com a Coreia do Sul no pós-guerra? Cito a Coreia por ser um exemplo de transformação social após uma catástrofe, que atingiu fortemente a sociedade e com reflexos importantes na educação. A partir de uma visão macro, a Coreia do Sul se reinventou com grande investimento em tecnologias, capacitando seus profissionais e impulsionando a educação, tornando-se na atualidade uma das melhores do mundo.

Acredita-se que o ensino superior é de grande importância, porque é de lá que deve-se buscar as soluções para os problemas da sociedade, como por exemplo, o capacete Elmo e a vacina cearense contra o Covid-19. Este modelo necessita ser efetivo, inspirador como também mais bem estruturado, equipando os alunos para o desenvolvimento da capacidade intelectual a partir do avanço humano, ou seja, ele se questionar. Por que sou importante para sociedade? Como o meu trabalho pode colaborar com o mundo? O aluno vai entender que mudamos a partir dos nossos questionamentos e pensamentos, nos tornando responsáveis, autônomos e protagonistas do nosso conhecimento e contribuímos para uma sociedade melhor.

Neste olhar, o Conselho Nacional de Educação reconhece o mundo Vuca, e as mudanças no mundo do trabalho estão aí para quem ainda tinha dúvidas. Porém, é preciso pensar no futuro sempre. Quantas profissões vão deixar de existir em cinco ou dez anos? Será que a formação que as instituições de ensino superior estão oferecendo tem o olhar para este novo cenário do mercado? Os currículos darão conta? Os problemas que os profissionais enfrentam hoje e que irão enfrentar serão resolvidos através do modelo de ensino apresentado? Será que não precisamos desenvolver os nossos através de outras metodologias, programas, projetos e investimentos em startups, por exemplo?

Uma visão da forma como estão sendo aplicadas as metodologias nas salas de aula podem nos responder e quem sabe também repensar as formas de acesso ao ensino superior. Reestruturar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); usar de recursos digitais em processo de seleção; voltar a incentivar os financiamentos estudantis; e pensar nas redes virtuais de cooperação, promovendo integração entre as escolas de Ensino Médio com o ensino superior por meio da educação continuada.

Para finalizar, pensamos que tudo deve partir de um planejamento e estruturação criados pelo Ministério da Educação com diálogo e debates com as instituições de ensino. Constata-se que a interlocução com o ministério vai trazer melhorias para a educação brasileira, como também às instituições de ensino superior de forma individual.

 

Profª. Drª. Doralice Orrigo da Cunha

Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu

Doutora em Ciências da Atividade Física e dos Esportes, especialista em Psicologia do Esporte e em Técnica de Natação, tem MBA em Gestão de Pessoas e é graduada em Educação Física 

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