Nos últimos anos, o mundo tem testemunhado um movimento significativo em direção ao uso de energias renováveis como parte integrante de estratégias globais para combater as mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável. Entre essas fontes de energia limpa, o hidrogênio verde emergiu como um promissor vetor energético, oferecendo potencial para transformar setores industriais, transporte e geração de energia.
O hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água utilizando eletricidade renovável, como solar, eólica ou hidrelétrica. Esse processo não gera emissões de gases de efeito estufa, tornando o hidrogênio verde uma alternativa limpa aos combustíveis fósseis. A eletricidade renovável separa a água em hidrogênio e oxigênio, e o hidrogênio resultante pode ser armazenado e utilizado em diversos setores.
O hidrogênio verde pode ser utilizado para armazenar energia excedente de fontes renováveis, oferecendo flexibilidade ao sistema elétrico. Pode ser convertido de volta em eletricidade ou utilizado diretamente em processos industriais. No setor de transporte, o hidrogênio verde apresenta-se como uma alternativa viável para veículos elétricos, especialmente, para caminhões, ônibus e embarcações que requerem longos períodos de operação e grandes quantidades de energia.
Em indústrias intensivas em energia, como a siderúrgica e a química, podem utilizar hidrogênio verde em seus processos, reduzindo significativamente as emissões de carbono. A utilização de hidrogênio verde contribui para a redução das emissões de CO2 e outros poluentes, ajudando a mitigar as mudanças climáticas e melhorar a qualidade do ar. Embora promissor, o hidrogênio verde ainda enfrenta desafios significativos. Entre eles estão o custo elevado da eletrólise e a necessidade de infraestrutura para produção, armazenamento e distribuição em larga escala. No entanto, avanços tecnológicos e investimentos crescentes têm reduzido gradualmente essas barreiras, tornando o hidrogênio verde cada vez mais competitivo.
Diversos países e empresas ao redor do mundo estão investindo em projetos de hidrogênio verde como parte de suas metas climáticas e estratégias de transição energética. A União Europeia, por exemplo, estabeleceu uma ambiciosa meta de produzir até 2030, 40 gigawatts de hidrogênio renovável. No Brasil, com sua vasta disponibilidade de recursos naturais e expertise em energia renovável, o hidrogênio verde representa uma oportunidade única para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável em diversas regiões do país.
O hidrogênio verde não é apenas uma fonte de energia alternativa; é uma peça fundamental na construção de um futuro energético sustentável e resiliente. Com investimentos contínuos em pesquisa, inovação e infraestrutura, o potencial do hidrogênio verde para transformar nossa economia e reduzir nossa pegada de carbono é vasto e promissor. Adotar essa tecnologia pode não apenas acelerar a transição energética global, mas também criar novas oportunidades de emprego e crescimento econômico em todo o mundo.
Portanto, é crucial que governos, empresas e a sociedade em geral continuem colaborando para impulsionar o desenvolvimento do hidrogênio verde, assegurando que suas promessas se tornem realidade e contribuam efetivamente para um planeta mais sustentável e flexível às mudanças climáticas.
Prof. Me. Francisco Carlos Castro
Docente do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ateneu.
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática, especialista em Ensino de Matemática e graduado em Engenharia Civil e em Física.
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