Quais as oportunidades que os empreendedores terão enquanto durar a pandemia da Covid-19? Com essa pergunta, inicio minhas indagações sobre as certezas e incertezas inseridas por um vírus. É possível que daqui a alguns anos, a humanidade tenha compreendido o significado de empatia. Mas, enquanto isso, como os jovens e até os mais velhos estão sobrevivendo a tempos tão difíceis?
A busca por uma vacina eficaz, os debates sobre decisões políticas envolvendo o uso de verba pública, bem como quaisquer polêmicas no entorno do vírus, infelizmente é algo que ficará registrado na memória, sobretudo, naqueles que perderam seus entes queridos para esta moléstia. Porém, o mundo precisa girar. Com ou sem pandemia, a humanidade necessita seguir adiante em busca de conforto material e, espiritual. Falo de espiritualidade, para não adentrar em temas religiosos tão profundos.
Depois de abordar resumidamente a atual situação, voltemos ao ponto de partida: o empreendedorismo na pandemia. De norte a sul, em todas as regiões do país, ou melhor, em todos os continentes do planeta, mudou-se a forma de se relacionar com um cliente. O que já vinha se tornando uma espécie de distanciamento social em função do avanço do comércio eletrônico, acelerou com o risco eminente. Empresas dos mais diversos setores varejistas tiveram de se reinventar, tal qual sua clientela. O aumento do consumo de dados de Internet aumentou, o índice de endividamento também, ainda que o governo tenha criado medidas como o Auxílio Emergencial.
Termina o ano de 2020 e se inicia um 2021 com mais esperança. Entretanto, mal começa o ano e os problemas já conhecidos retornam, a um ritmo de vacinação questionado pela maior parte da população. O comércio não consegue suportar as medidas adotas pelos governos locais. A reabertura das lojas físicas que pareciam cada vez próximas precisaram de um novo lockdown. Pequenos, médios e grandes empresários sofreram, de maneira proporcional, os impactos causados pela pandemia e pelos ajustes nos preços de alimentos, combustível e remédios.
Contudo, apesar de todos esses problemas, ainda assim, surgiram novas formas de se conquistar clientes. Impulsionados pelo crescente número de usuários de redes sociais tais como o Instagram, Facebook e o aplicativo de mensagens WhatsApp, os comerciantes se reinventaram e os clientes foram se adaptando gradualmente a esse novo tipo de comércio. Lembro que em meados de 2018, em uma de minhas aulas, eu disse que o e-commerce era o futuro. Observamos muitos empresários que deixaram de ser apenas os patrões e se transformaram em seus próprios funcionários. Infelizmente, a lei do mais forte (esta muito utilizada na observação do comportamento animal em uma selva) tem sido fator determinante para a sobrevivência daqueles que conseguiram, de alguma forma, se adaptar a uma nova realidade, conquistando novos clientes e mantendo os antigos, buscando oferecer produtos e serviços com o mesmo padrão de qualidade.
A lição que tudo isso nos mostra é de que terminamos por ser administradores da nossa própria vida e do tempo, que tornou-se praticamente o mesmo para as crianças, adolescentes, adultos e idosos, independente de sua renda per capita ou classe social.
Prof. Ms. Laudenor Amorim
Docente do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Doutorando e mestre em Engenharia e Ciência de Materiais, especializando em Gestão Empresarial e graduado em Química (Licenciatura) e Física (Licenciatura)
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