Empoderamento feminino e ciência

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Você sabia que no dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência? Essa data foi instituída em 22 de dezembro de 2015 pela Resolução nº 70/212 da Assembleia das Nações Unidas, com o propósito de dar destaque à representatividade feminina em carreiras nas áreas tecnológicas e científicas, aspecto considerado de caráter crucial para o alcance dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Em 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) dirigiram a mensagem pela data comemorativa aos obstáculos enfrentados por mulheres para entrar nos setores de programação, tecnologia e engenharia, segmentos que mais crescem no mundo todo. De acordo com as agências internacionais, o cenário de exclusão feminina nesses segmentos agrava ainda mais o problema de desigualdade de gênero no mercado de trabalho (ONU, 2019).

Em tempos de revolução tecnológica, em que, a cada dia, novas ferramentas surgem para solucionar demandas da humanidade e estipular novas tendências, as lutas sociais também precisam acompanhar a evolução. Nesse sentido, a inovação e a tecnologia trazem oportunidades revolucionárias, mas a representação feminina ainda é insuficiente nas respectivas áreas.

Segundo o Instituto de Estatística da Unesco, apesar da notoriedade e do espaço que as mulheres conquistaram nas últimas décadas, apenas 30% de pesquisadores mundiais são do gênero feminino (Unesco, 2020)[1]. Os prejuízos decorrentes da ordem patriarcal de gênero se manifestam por diversos meios, incluindo as oportunidades desiguais no mercado de trabalho, que acabam implicando também em disparidades na pesquisa e na publicação científica, situação intensificada neste período de pandemia da Covid-19. O relatório “Gênero e Covid-19 na América Latina e no Caribe: Dimensões de Gênero na Resposta”, publicado pela ONU Mulheres[2], apontou as áreas em que os efeitos da quarentena são mais sensíveis para esse grupo.

Destaca-se que, até os dias atuais, nos campos científico, tecnológico, da engenharia e da matemática (também conhecidos como STEM, sigla em inglês para Science, Technology, Engineer and Mathematics), a representatividade feminina continua muito baixa, com maior predominância na área da saúde e humanas. Para a Unesco, é preciso que haja uma mudança de atitude e que toda menina e mulher acredite mais em si como exploradora, inovadora, engenheira, inventora e cientista.

Lugar de mulher é onde ela quiser!

Profª. Rachel de Mesquita Rodrigues

Docente do Curso de Direito da UniAteneu

Mestranda em Avaliação de Políticas Públicas, especialista em Direito Ambiental, em Direito Penal e Processo Penal, graduada em Direito e advogada.

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[1] https://pt.unesco.org/news/unesco-celebra-o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia.

[2] https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2020/03/ONU-MULHERES-COVID19_LAC.pdf.