E aí, a IA veio para ficar? Reflexões sobre a aplicação da Inteligência Artificial no ensino superior

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Embora o conceito da palavra “inteligência” seja bastante abrangente e variado ao logo dos anos, de modo bem simples poderíamos dizer que é faculdade de compreender, aprender e de resolver problemas e conflitos ou de adaptar-se a novas situações. Se aplicarmos esse conceito (embora simples, mas não simplório) às máquinas, digo melhor, computadores, teríamos então uma definição inicial do que seja a inteligência artificial (IA): a capacidade dos sistemas operacionais de interpretar, pensar e tomar decisões baseados em uma base de dados.

Essa IA tende a ganhar mais espaço numa sociedade cada vez mais consumidora e dependente de tecnologia como a que vivemos. Já podemos destacar algumas áreas em que sua utilização já se encontra em pleno uso. Na educação superior, por exemplo, tem sido utilizada como ferramenta de apoio para melhorar o ensino e personificar o aprendizado. A sua utilização pode ajudar a tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico, através da adesão a sistemas de tutoria inteligente que podem ajudar os alunos a aprender de forma mais rápida e eficiente (JÚNIOR et al, 2023).

Na área da Saúde isso não poderia ser diferente, uma vez que novos medicamentos, materiais, procedimentos e dispositivos, frequentemente são lançados e incorporados à prática dos profissionais da saúde, facilitando o processo de diagnóstico, tratamento, identificação e organização das rotinas diárias (DO NASCIMENTO NETO et al, 2020). Na Odontologia, dispõem-se de recursos nas áreas de Diagnóstico Oral, Ortodontia, Dentística Restauradora e diagnóstico por imagens. O uso da Inteligência Artificial possibilita maior precisão nos tratamentos odontológicos, racionalização do tempo e uma melhor comodidade aos pacientes e profissionais (SPEZZIA, 2023).

No entanto, a implementação da Inteligência Artificial no ensino superior também apresenta desafios relacionados com a capacitação dos professores, aos diversos aspectos técnicos e até de custos. Quanto às limitações, defronta-se diante de questões éticas e legais (JÚNIOR et al, 2023). Se ampliarmos o campo de visão e olharmos para sociedade como um todo, não negamos que a “cyberdependência” é uma questão preocupante e com o desenvolvimento e popularização da IA pode-se tomar proporções ainda maiores.

Ao que parece, a IA veio para ficar e podendo agregar um significativo valor para o ensino superior. Entretanto, seu sucesso responsável depende não apenas do desenvolvimento de softwares, mas sim do uso que a sociedade fará destes, sempre tendo em pauta uma criteriosa avaliação de seus benefícios visando uma utilização responsável e ética.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. JÚNIOR, João Fernando Costa et al. A inteligência artificial como ferramenta de apoio no ensino superior. Rebena-Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, v. 6, p. 246-269, 2023. Disponível em< https://rebena.emnuvens.com.br/revista/article/view/111/101> Acesso em 27 Jul. 2023.
  2. DO NASCIMENTO NETO, Conrado Dias et al. Inteligência artificial e novas tecnologias em saúde: desafios e perspectivas/Artificial intelligence and new health technologies: Challenges and prospects. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 2, p. 9431-9445, 2020. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/7210/6282>. Acesso em 27 Jul. 2023.
  3. SPEZZIA, Sérgio. Aplicabilidade da inteligência artificial em odontologia. Revista Fluminense de Odontologia, v. 1, n. 60, p. 23-29, 2023. Disponível em <https://periodicos.uff.br/ijosd/article/view/52985/31338 > Acesso em 27 de Jul. 2023.

Prof. Me. Emanuel Rodrigues Morais
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Saúde Pública, especialista em Práticas Clínicas em Saúde da Família e graduado em Odontologia

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