A onipresença da tecnologia móvel torna-se imprescindível na rotina das pessoas, em especial, destaca-se o smartphone, principalmente, pela forma de comunicação rápida através das mensagens instantâneas, bem como a facilidade de interação pela conexão com a Internet. O uso do dispositivo móvel versus a frequência que se mantém usando a necessidade acerca de cada produto novo e serviço lançado para o smartphone desencadeia mais chances de interação que virtual. Por sua vez, demanda mais manuseio com o smartphone.
Acerca desse tempo excessivo de tela, há afirmações consolidadas na Internet de que o uso excessivo do celular, quando utilizados inferiormente da linha do ombro, leva uma tendência de não neutralidade da região cervical, ocasionando desordens musculares. A postura de flexão, vista no plano sagital, aumenta a carga nas estruturas do pescoço, ativando os músculos da região posterior. Logo, quando o pescoço está voltado para baixo, a compressão das estruturas ósseas aumenta em até 10 kg em comparação à posição neutra.
Por isso, o uso excessivo desses dispositivos chama a atenção de pesquisadores, gestores e profissionais da saúde, tornando um fator de risco para doenças musculoesqueléticas. A dor localizada na região cervical e/ou associada à sintomatologia dos membros superiores poderá se tornar uma realidade mais presente, sobretudo, nos países industrializados, constituindo-se uma das três condições mais reportadas por queixas desta origem.
Por isso, faz-se necessário que campanhas de promoção a saúde sejam desenvolvidas por nós profissionais de saúde e fisioterapeutas para que a população continue usando esse instrumento tão potente e presente em nossa rotina e com isso as desordens sejam reduzidas e/ou evitadas.
Prof. Dr. Cesario Rui Callou Filho
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Doutor e mestre em Saúde Coletiva, especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva, em Anatomia Funcional, em Fisioterapia Cardiorrespiratória, em Educação na Saúde para Preceptores do Sistema Único de Saúde (SUS) e em Saúde Pública e graduado em Fisioterapia.
Prof. Me. José Evaldo Gonçalves Lopes Júnior
Coordenador do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Fisiológicas, especialista em Saúde do Idoso e graduado em Fisioterapia
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