O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. O controle inadequado da glicemia pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e neuropatia, que comprometem o cotidiano dos portadores dessa condição. Além das limitações físicas, o diabetes também impõe desafios emocionais e financeiros, uma vez que o manejo da doença exige uma adesão rigorosa ao tratamento e mudanças no estilo de vida.
No entanto, um dos principais problemas enfrentados pelos diabéticos é o uso irracional ou inadequado dos medicamentos prescritos. A automedicação, a interrupção do tratamento sem orientação médica e o uso de dosagens incorretas são práticas comuns que agravam o quadro clínico dos pacientes. O uso incorreto de insulina, por exemplo, pode causar hipoglicemias severas, enquanto o uso inadequado de antidiabéticos orais pode não controlar efetivamente a glicemia, levando a complicações adicionais.
Esses erros são frequentemente causados por falta de informação adequada, dificuldades de acesso a serviços de saúde, ou até mesmo pelo custo elevado dos medicamentos. Além disso, o diabetes requer uma abordagem terapêutica contínua, considerando fatores individuais como idade, peso, comorbidades e estilo de vida. A falta de adesão ao tratamento, seja por esquecimento ou pela falsa crença de que os sintomas estão controlados, compromete a eficácia das terapias.
Isso reforça a necessidade de uma educação continuada para os pacientes, onde o conhecimento sobre a doença e seus riscos é compartilhado de forma clara e acessível. Frente a esses desafios, as expectativas dos pacientes diabéticos envolvem a busca por um tratamento que não só controle a doença, mas que permita uma vida plena e ativa. A educação em saúde, o acompanhamento multidisciplinar e o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e seguros são fundamentais para atender às necessidades desses indivíduos.
A esperança é que, com o avanço da ciência e uma abordagem mais consciente e racional do tratamento, os pacientes possam alcançar uma melhor qualidade de vida e minimizar os riscos associados ao diabetes. Além disso, é crucial que políticas públicas de saúde garantam o acesso equitativo aos medicamentos e ao acompanhamento necessário, promovendo a equidade no tratamento e no manejo da doença.
Por fim, o combate ao diabetes e suas complicações depende de um esforço conjunto entre profissionais de saúde, pacientes e sociedade. Somente com uma visão integrada e humanizada do cuidado será possível enfrentar os desafios impostos pela doença e melhorar a vida daqueles que convivem com ela diariamente.
Profª. Ma. Yasmim Mendes Rocha
Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário Ateneu
Doutoranda e mestra em Ciências Farmacêuticas, especialista em Biomedicina Estética e graduada em Biomedicina
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