Prezado leitor, a inflação é definida em livros de Economia como sendo o aumento contínuo e generalizado de preços de bens e serviços. É como se fosse um imposto! Isso mesmo, um imposto inflacionário. Seus efeitos são perversos. Este texto tem o intuito de explorar seus efeitos na economia que indubitavelmente afeta as pessoas físicas (eu e você) e jurídicas (as empresas). De fato, o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda é uma forma de indicar quando as coisas ficam mais caras, como por exemplo, na feira do bairro, no posto de gasolina ou no aluguel de casa, etc.
O aumento de preços impacta de forma negativa no planejamento das empresas e, principalmente, das pessoas mais pobres. O trabalhador não tem como proteger seu salário contra a inflação porque quase toda a sua renda é gasta no consumo. Ele não tem condições de fazer aplicações financeiras para se proteger do imposto inflacionário.
E nas empresas? A inflação provoca queda do rendimento real dos investimentos. O rendimento real ou a rentabilidade real é aquela conseguida em uma aplicação, descontada a inflação. De fato, se um investimento teve um retorno de 10% ao ano e a inflação no período foi de 2% ao ano, sua rentabilidade real foi de 8%. Mas, se um investimento teve esse mesmo rendimento, de 10% ao ano, em um período em que a inflação foi 11%, a rentabilidade real foi negativa, ou seja, mesmo rendendo alguma coisa, o investidor “perdeu” dinheiro. Isso é claro que prejudica o crescimento econômico, pois cria incertezas nos investidores. E incertezas, levam a queda da produção e aumento do desemprego.
No Brasil, entre os muitos índices que medem a inflação, o principal para calcular o seu valor oficial é o IPCA, um acrônimo de Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Este indicador é chamado de amplo porque tem o objetivo de abranger 90% da população urbana no país, e é calculado mensalmente e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA determina a inflação de produtos e serviços do varejo consumidos por famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos e leva em conta os valores de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população, como: habitação, vestuário, despesas pessoais, transporte, comunicação, alimentação, saúde e educação, etc.
Portanto, meu caro leitor, nos últimos meses a inflação cresceu não apenas no Brasil, mas em quase todo o mundo exigindo, portanto, medidas drásticas de política fiscal (corte de gastos) e monetária (elevação dos juros) para tentar conter seus efeitos deletérios que são infelizmente necessárias.
Prof. Me. Geraldo Sinval da Silva
Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração de Empresas, especialista em Gestão Integrada em Marketing e Logística e graduado em Administração
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