Benefícios do taping no pós-operatório de cirurgia plástica

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De acordo com uma pesquisa global realizada em 2019, pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas, deixando os Estados Unidos em segundo lugar. Diante do aumento pela busca por cirurgias, também houve uma crescente procura pelos cuidados no pré, intra e pós-operatório, a fim de garantir uma recuperação rápida, segura e com resultados mais satisfatórios.

Os cuidados do pós-operatório iniciam-se imediatamente após a cirurgia ainda no boco cirúrgico, por profissionais da saúde capacitados para atuar nessa área. Um dos recursos que vem sendo muito solicitado pelos cirurgiões plásticos é a utilização do taping, com o objetivo de reduzir as complicações e algumas reações do pós-operatório, como edema, hematomas e Seroma, oferecendo mais conforto e reduzindo a dor durante a recuperação da cirurgia.

O taping surgiu em 1976, chamado de Kinesiotaping, em homenagem ao seu criador, Kenso Kase, e consiste em uma fita elástica, adesiva, hipoalergênica e sem princípios ativos aplicada diretamente na pele do paciente imediatamente após a realização da cirurgia. A utilização do taping no intraoperatório deve ser realizada apenas com a autorização do médico cirurgião.

Além disso, a sua aplicação com o paciente ainda no bloco cirúrgico tem se destacado pelo fato de potencializar ainda mais seus resultados, apresentando baixo índice de equimoses e redução considerável do edema. Quando a bandagem elástica é aplicada ainda no trans operatório, auxilia na captação do sangue extravasado para o interstício, bem como estimula a oxigenação do tecido.

A associação da elasticidade da faixa com o estiramento cutâneo aplicado sob o trajeto do sistema linfático provoca a elevação da pele. Esta elevação promove um aumento entre os espaços da derme e da epiderme, reduzindo a cogestão do líquido linfático, o que justifica a diminuição de edema, equimoses e seroma. Após sua aplicação, o paciente deve permanecer com a bandagem por média de cinco a sete dias, sendo um coadjuvante nos cuidados do pós-operatório.

Apesar dos resultados serem cada vez mais satisfatórios, é importante destacar a necessidade de mais estudos científicos, que comprovem os efeitos terapêuticos promovidos pela aplicação da bandagem durante o pós-operatório, assim como formas de aplicação, tensão utilizada e diminuição de possíveis complicações associadas a este método de tratamento.

Profª. Antônia Leilah Abreu de Sousa Moreira
Docente do Curso de Estética e Cosmética do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional e graduada em Fisioterapia.

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