Alimentos antioxidantes como redutores do risco de desenvolvimento de câncer gástrico

  • Categoria do post:Saúde / Topo
Você está visualizando atualmente Alimentos antioxidantes como redutores do risco de desenvolvimento de câncer gástrico

O adenocarcinoma é a malignidade mais comum do estômago, compreendendo a maior parte de todos os cânceres gástricos. Os sintomas iniciais se assemelham àqueles da gastrite crônica, incluindo dispepsia, disfagia e náusea. Como resultado, esses tumores são frequentemente descobertos em estágios avançados, quando os sintomas, tais como perda de peso, anorexia, hábitos intestinais alterados, anemia e hemorragia, incitam avaliações diagnósticas adicionais.

Apesar disso, nos últimos anos, têm ocorrido um declínio na incidência de casos novos em vários países ocidentais, sugerindo que fatores ambientais e da dieta possam estar diretamente relacionados com essa queda. Uma explicação possível é o consumo decrescente de carcinógenos na dieta, tais como compostos N-nitrosos e a ingestão de vegetais verdes folhosos e frutas cítricas, que contêm antioxidantes tais como vitamina C, vitamina E e beta-caroteno.

Considerando que o processo de carcinogênese envolve três estágios definidos, como iniciação, promoção e progressão, em que ocorre um estado oxidativo crônico, especialmente, na etapa de promoção e que na fase de iniciação há dano irreversível no material genético da célula, muitas vezes devido ao ataque de radicais livres, que os nutrientes antioxidantes poderiam reduzir o risco desse tipo de câncer, inibindo danos oxidativos no DNA, sendo, portanto, considerados como agentes potencialmente quimiopreventivos.

A atividade quimiopreventiva da vitamina A, ou retinol, tem sido atribuída à ação do ácido retinóico sobre a expressão de genes envolvidos com a diferenciação e proliferação celulares. Os carotenóides, tendo o -caroteno como o mais abundante na natureza, tem seu efeito protetor atribuído mais à uma ação do próprio pigmento do que dos retinóides produzidos a partir do seu metabolismo endógeno. Os possíveis efeitos anticarcinogênicos da vitamina C estão relacionados com sua habilidade em detoxicar substâncias carcinogênicas e sua atividade antioxidante e inibir a formação de nitrosaminas in vivo a partir de nitratos e nitritos usados como conservantes. A vitamina E é o antioxidante lipossolúvel mais efetivo encontrado na natureza, e importante fator de proteção contra a peroxidação lipídica nas membranas celulares e na circulação sanguínea.

Em resumo, essas substâncias agem como parte do sistema de defesa antioxidante do organismo humano, quando presentes em quantidades fisiológicas e sob determinadas condições intracelulares, como por exemplo, à pressões parciais fisiológicas de oxigênio. Dessa forma, uma dieta rica em frutas e hortaliças, contendo quantidades dessas substâncias próximas às recomendadas nutricionalmente, contribui com a defesa antioxidante do organismo, inibindo danos oxidativos em macromoléculas.

Prof. Dr. Edfranck de Sousa Oliveira Vanderlei
Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Ateneu
Doutor e mestre em Bioquímica e graduado em Fisioterapia

Saiba mais sobre o Curso de Nutrição da UniAteneu.