O crescimento da população de idosos configura-se enquanto um desafio para o campo da saúde pública. Desse modo, um elemento relevante na promoção de uma atenção integral à saúde é a avaliação da capacidade funcional, sendo essa fundamental para que o idoso decida e atue em sua vida de forma independente e autônoma, realizando suas atividades do cotidiano.
Além dos aspectos biológicos e a presença de doenças crônicas, a capacidade funcional pode sofrer influência dos fatores socioeconômicos, culturais e psicossociais, relacionando-se ainda com o estilo de vida do idoso. Desse modo, prática regular de atividade física contribui como um fator de prevenção, proteção e promoção da saúde do idoso, além de colaborar com o tratamento não farmacológico, interferindo no desenvolvimento, tratamento e reabilitação de diversas doenças.
Além de combater o comportamento sedentário, que tende a ampliar-se com o envelhecimento, a atividade física melhora a composição corporal, aumenta a densidade mineral óssea, diminui as dores articulares, melhora o perfil glicêmico e o lipídico, aumenta a capacidade aeróbia e amplia a força e a flexibilidade. Estudos evidenciam ainda que a prática regular proporciona benefícios que interferem em fatores psicosocioculturais, como melhorias significantes na autoestima e na autoconfiança, maior capacidade de relaxamento, menor oscilação de humor, e diminuição da incidência de depressão e ansiedade, promovendo o bem estar psicológico.
A recomendação de atividade física para o idoso é de pelo menos 150 minutos semanais de atividades moderadas ou 75 minutos de atividade vigorosa. Essas atividades podem ser feitas no seu tempo livre, por meio de programas orientados de atividade física (musculação, hidroginástica, treinamento funcional, pilates etc.), jogos ativos, esportes, caminhadas, dentre outros. Há possibilidade de realizar como forma de deslocamento, buscando sempre fazê-los a pé ou de bicicleta; no trabalho, optando pelo uso de escadas ou buscando ser ativo nas atividades laborais; e por fim, nas tarefas domésticas, como varrer, fazer jardinagem, organizar compras, lavar louças, dentre outras possibilidades.
Dessa forma, destaca-se a importância da prática de atividade física para a manutenção da funcionalidade do idoso, contribuindo para a manutenção das habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida autônoma e independente.
Profª. Ma. Rosângela Gomes dos Santos
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Saúde Coletiva, especialista em Educação Física Escolar, em Saúde da Pessoa Idosa, em Residência Multiprofissional em Saúde Mental e em Atividade Física: Fisiologia, Patologia e Farmacologia e graduada em Educação Física.
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