A importância da amamentação para a Odontologia

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Amamentar é um ato de amor. Contudo, a amamentação vai muito além das relações afetivas que se estabelecem entre mãe e filho, promovendo, consequentemente, o desenvolvimento fisiológico do indivíduo, sendo essencial para o crescimento e para a saúde da criança. Naturalmente, os recém-nascidos apresentam a maxila um pouco mais à frente que a mandíbula. No entanto, para que se estabeleça uma boa relação maxilo-mandíbula, é necessário que a mandíbula ultrapasse a maxila em alguns milímetros.

As modificações que ocorrem nos dentes desde sua embriogênese até sua erupção na cavidade oral estão profundamente relacionadas ao desenvolvimento da face. Assim, no período pré-dental ou dos roletes gengivais, que vai desde o nascimento até o surgimento do primeiro dente na cavidade oral, a amamentação estimula o desenvolvimento dos músculos faciais, favorecendo, dessa forma, o crescimento da mandíbula e, consequentemente, uma boa oclusão da dentição decídua.

Destaca-se ainda que, amamentar é muito mais do que afabilidade, contribuindo diretamente para o desenvolvimento craniofacial, além de fortalecer a musculatura facial durante os intervalos de sucção do bebê. Dessa forma, quando a amamentação é ineficaz ou ausente, a criança não desenvolve suas funções fisiológicas naturais, fato que poderá resultar em um crescimento inadequado da face e em uma má oclusão dentária, podendo, ainda, prejudicar a respiração e, consequentemente, gerar outros malefícios relacionados ao sono, à memória e à concentração.

É conveniente destacar que, além dos benefícios orofaciais, o aleitamento contribui para a saúde da mãe, essencial para o retorno do útero ao seu tamanho normal, bem como, com a diminuição do sangramento da mãe prevenindo anemia. Os movimentos de sucção do bebê nos mamilos da mãe induzem a ação de células sensoriais que captam esse estímulo mecânico e enviam uma mensagem para uma dada área do sistema nervoso, que aumenta a produção de um hormônio, ocitocina, que promove as contrações uterinas e a ejeção do leite.

Ademais, o aleitamento materno fornece nutrientes necessários ao desenvolvimento do filho, além de provê células de defesa e anticorpos que protegerão a criança no combate a infecções.

Profª. Drª. Nila Maria Bezerril Fontenele

Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu

Doutora em Bioquímica, mestre em Saneamento Ambiental e graduada em Ciências Biológicas

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