A educação permanente e a assistência de enfermagem ao paciente crítico para prevenção de infecção de corrente sanguínea

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A segurança do paciente e a prevenção de danos são aspectos interrelacionados que necessitam ser amplamente discutidos a fim de melhorar a assistência. Nesse sentido, enaltece-se os cuidados prestados em unidades de terapia intensiva, haja vista a maior probabilidade de procedimentos invasivos, os quais podem predispor a quadros infecciosos relacionados à assistência.

Diante do exposto, tem-se dentre as medidas de prevenção preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a prevenção de infecção de corrente sanguínea, a qual pode relacionar-se a desfechos desfavoráveis ao paciente. Assim, ressalta-se a importância de conhecer e propagar as recomendações para redução do risco da infecção, como higiene das mãos, escolha do sítio de inserção, preparo da pele, fixação e desinfecção de conexões.

No contexto da assistência de enfermagem, observa-se ainda a necessidade de intensificação de tais medidas, uma vez que estes profissionais prestam cuidados diretos aos pacientes por longos períodos, sendo de indubitável importância o conhecimento de medidas a fim de minimizar riscos. Nesse sentido, a educação permanente pode atuar como uma interceptora para auxiliar no processo de mediação e aprimoramento do conhecimento aos profissionais a fim de mitigar riscos e melhorar o cuidado prestado.

Diante do explanado, uma revisão sistemática ratifica a importância da implantação de medidas envolvendo o desenvolvimento profissional, uma vez que observou que um conjunto de medidas envolvendo bundles, educação continuada e engajamento mútuo entre equipe e instituição foram estratégias capazes de contribuir para reduzir a incidência de quadros de infecção de corrente sanguínea relacionada à implantação de cateter venoso central, por exemplo (PERIN et al., 2016). Assim, conclui-se que o engajamento da equipe, tanto para adoção de medidas preventivas, como de fortalecimento do conhecimento científico, respalda a assistência e permitem a promoção de melhora na qualidade do cuidado.

REFERÊNCIAS

PERIN, D. C.; ERDMANN, A. L.; HIGASHI, G. D. C.; DAL SASSO, G. T. M. Evidências de cuidado para prevenção de infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central: revisão sistemática. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.24, e:2787, 2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

 Profª. Ma. Larissa Rodrigues Siqueira

Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu

Doutoranda e mestre em Enfermagem, especialista em Terapia Intensiva e graduada em Enfermagem

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