Ciberpopulismo e os impactos da propaganda e da mídia sobre a democraria

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1. Introdução

O século XX trouxe consigo o surgimento de uma gama de estratégias em propaganda, que mais tarde aliadas a tecnologia, foram capazes de movimentar o cenário político com o surgimento do Ciberpopulismo. Há de se mencionar que as redes sociais que se utiliza hoje viraram uma espécie de campo de guerra, cujos maiores aliados são o discurso de ódio, a polarização política, a indignação seletiva a determinados partidos e pessoas, além da prática do lawfare, os quais intitulo de distúrbios ciberdemocráticos.

2. Desenvolvimento

O populismo nasce para conquistar e manter o poder no século XIX, e, atualmente, vem ganhando espaço com a combinação de elementos como, povo, inimigo e líder (salvador). A figura do líder se utiliza de maneira ostensiva da comunicação tanto por meio do carisma quanto dos insultos.

Nessa linha de orientação, eles podem viver na linha tênue entre seres dotados de qualidades e indivíduos pertencentes a uma elite corrupta balizada pelas técnicas de propaganda e do livre-arbítrio; o que deságua na polarização política, que possui a capacidade de combater pedras de toque imóveis da Constituição de 1988, a exemplo dos princípios republicano, democrático e do pluralista, que são atacados pela comunicação em rede, fazendo surgir o ciberpopulismo.

Tal possibilidade de ataque é da comunicação distribuída em tempo digital, comportando-se de maneira fragmentada, incerta, excessiva e aterrorizante. O que, para a democracia, é algo perigoso, é neste momento que entregamos o pensar e incentivamos o crescimento do ciberpopulismo, tornando simples jogar a culpa de tudo no próximo inimigo político de ocasião.

3. Conclusão

Por fim, aspira-se a colaborar para um juízo de limitação e/ou harmonia, malgrado a atuação técnicas de propagandas utilizadas de maneira ética que possam acautelar uma sociedade mais democrática, a partir da contenção de riscos ocasionada pelo Ciberpopulismo ameaçador. Assim, a luta que se sugestiona diante desse contexto pode ser albergada pelo pluralismo, pensamento crítico, escuta ativa, empatia e diálogo na busca da construção de consensos.

Profª. Drª. Júlia Maia de Meneses Rocha de Sousa
Docente do Curso de Direito do Centro Universitário Ateneu.
Doutora em Direito Constitucional, mestre em Direito Constitucional Público e Teoria Política, especialista em Direito Público, tem MBA em Marketing e é graduada em Direito e em Publicidade e Propaganda.

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