A Psicologia e a importância na vida da pessoa idosa

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O dia 1º de outubro é definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional do Idoso, servindo como um marco de valorização, conscientização e mobilização em torno das necessidades e direitos das pessoas idosas. No Brasil, o Estatuto da Pessoa Idosa garante os direitos fundamentais como: prioridade em atendimentos de saúde, transporte gratuito, acessibilidade, assim como divulgar e cobrar a efetivação das políticas públicas e o cumprimento da lei.

Os desafios do envelhecimento são constantes, como: acesso à saúde e acompanhamento adequado, oportunidades de lazer e cultura, inclusão social e digital e combate às várias formas de violência as quais as pessoas idosas estão sujeitas – violência física, patrimonial, afetiva, emocional, sexual e negligência. Também podemos destacar como hábitos fundamentais: a atenção à saúde e prevenção de doenças, a convivência social, a manutenção da autonomia e o estímulo cognitivo e emocional.

A Psicologia na vida da pessoa idosa tem um papel fundamental porque contribui para que o envelhecimento seja vivido com mais qualidade de vida, autonomia e bem-estar emocional. O psicólogo ajuda a lidar com sentimentos comuns nesta fase, como solidão, medo da dependência, ansiedade e depressão. O acompanhamento fortalece a autoestima e favorece uma visão mais positiva do envelhecer, ajudando a pessoa idosa a ressignificar limitações e mudanças naturais do ciclo do envelhecimento.

Além desse aspecto subjetivo, por meio de exercícios e atividades específicas, a psicologia contribui para a manutenção das funções cognitivas como a memória, atenção e raciocínio ajudando a retardar possíveis declínios cognitivos e melhorando a autonomia da pessoa idosa. Outro ponto onde a Psicologia atua de forma importante na vida da pessoa idosa é no apoio em situações de perdas.

Muitos idosos apresentam dificuldade em lidar com variáveis tipos de luto. O primeiro deles pode ser o da aposentadoria que, quando a pessoa não se prepara bem, pode sentir de forma negativa essa nova condição, mas também há outros lutos como a perda de parentes e amigos, mudanças de papel social ou limitações físicas. A psicoterapia auxilia no processo de ressignificação da vida, ajudando a pessoa idosa a encontrar novos sentidos e propósitos e incentivando a socialização, a participação em grupos e atividades comunitárias, prevenindo o isolamento e fortalecendo a rede de apoio.

Além de tudo isso, o psicólogo também atua com a família, orientando sobre a importância do respeito, da comunicação adequada e do cuidado humanizado, reduzindo conflitos e sobrecarga dos cuidadores. Por fim, mas não menos importante, a Psicologia ajuda o idoso a valorizar a sua história, as suas potencialidades e conquistas, promovendo um envelhecimento mais ativo, com prazer de viver e maior sensação de bem-estar.

Profª. Valéria Freitas Sampaio Colares
Docente do Curso de Especialização em Gerontologia do Centro Universitário Ateneu.
Especialista em Gerontologia e em Psicopedagogia e graduada em Psicologia e em Pedagogia.

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