Os distúrbios respiratórios do sono destacam-se como um importante problema de saúde pública, estando associados a uma série de repercussões negativas na vida do indivíduo, tais como doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, alterações metabólicas, dentre outras, que tornam-se, portanto, fundamental investir no diagnóstico e tratamento de tais disfunções.
Dentre os vários distúrbios respiratórios estudados, a apneia obstrutiva do sono, acomete a maior parte da população, destacando-se a sua classificação de gravidade de moderada à grave, como uma real necessidade de tratamento, sendo por sua vez o uso de um recurso que ofereça uma pressão positiva contínua na via aérea, a terapêutica padrão-ouro de escolha.
O ronco é geralmente o principal fator que leva os indivíduos a buscarem uma análise do sono, através de um exame de noite inteira que analisa diversas variáveis do sono que é a polissonografia, sendo esta a forma mais fidedigna de análise da necessidade de uma terapêutica de suporte respiratória para tratar disfunções respiratórias do sono. O profissional que orienta, conduz, adapta a máscara e maneja o CPAP é o fisioterapeuta, que com sua expertise no gerenciamento da aplicação de pressão positiva, consegue adequar a melhor forma terapêutica para cada paciente.
O uso adequado do CPAP vai permitir reduzir o IAH para valores aceitáveis, diminuir as dessaturações de oxigênio, diminuir os sintomas diurnos, tais como a sonolência excessiva, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. Desse modo, a saúde e bem-estar da prática de atividades durante o dia estão intimamente relacionadas com o sono, sendo fundamental tratá-lo com as terapêuticas adequadas, e fazendo com o que mesmo repercuta de forma positiva na vida dos indivíduos.
Prof. Ma. Juliana Pinto Montenegro
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Médicas, especialista em Fisioterapia na UTI e graduada em Fisioterapia
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