Estamos vivendo uma lua de mel, por assim dizer, com as nossas queridas massas de resina composta. Elas estão ficando cada vez mais estéticas, resistentes e confiáveis. Temos uma variação de cor, de finalidades como resinas opacas, resinas para simular dentina, esmalte, resinas fluidas e uma gama de variedades comuns a praticamente todos os dentistas. Mas até que ponto podemos indicá-las? Até onde podemos priorizá-las em detrimento de peças de porcelana, cerâmicas com dissilicato de lítio ou até mesmo as suas irmãs, os cerômeros?
Bom, pergunta um tanto quanto complexa, mas que está presente no dia a dia dos clínicos gerais e protesistas, mas vamos tentar simplificar e sermos bem objetivos. Sempre que tivermos condições clínicas de executarmos uma restauração em resina composta em que possamos proporcionar durabilidade, ponte de contato interproximal, estética, conforto ao paciente acho que as resinas terão prioridade. Temos algumas vantagens que sugerem essa prioridade e em tempos difíceis o que já nos acorre é o fator financeiro.
As resinas compostas, via de regra são bem mais acessíveis financeiramente pelo fato de podermos executá-la em apenas uma sessão, não termos custos com material de moldagens, transporte até o laboratório e o mais dos custos que é o próprio laboratório. Quando não tivermos segurança na sua execução pelo fato do local a ser restaurado exigir uma carga mastigatório grande ou pela impossibilidade de fornecer uma anatomia correta e, principalmente, um ponto de contato eficiente onde não haja acumulo de resíduos impossibilitando uma manutenção da saúde bucal do paciente, devemos pensar em peças confeccionadas em laboratório, como os cerômeros e cerâmicas com dissilicato de lítio como o e max da Ivoclar.
Essas peças, apesar de exigirem um investimento maior, irão proporcionar, se bem executadas, uma previsibilidade com relação à ponte de contato interproximal, resistência e estética bem próximas do ideal, o que pode não ser o caso das restaurações diretas em resina composta, apesar de essas aceitarem conserto e ajustes com muito mais eficiência que as cerâmicas. A nossa vivência clínica nos sugere que sempre que nos sentirmos seguros para indicarmos uma restauração em resina composta, devemos priorizá-las, pois temos nessas as pastas de resina composta um produto mais que testado e aprovado por dentistas do mundo todo com excelentes resultados.
Prof. José Ricardo Chaves Monteiro
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Ortodontia e graduado em Odontologia. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em reabilitação oral e protética, ortodontia e dentística.
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