Neste artigo, serão expostas algumas opções de tratamento para as disfunções temporomandibulares (DTM) com foco nas vantagens e desvantagens do uso prolongado de medicamentos. As disfunções temporomandibulares são condições que afetam a articulação da mandíbula com o crânio, causando dor, desconforto ao mastigar e até dificuldade em abrir a boca. As causas variam de tensão muscular até doenças degenerativas da articulação e possui uma etiologia complexa segundo o modelo biopsicossocial.
As opções de tratamento são: tratamentos não-invasivos, como medicação, exercícios de alongamento, fisioterapia e utilização de dispositivos interoclusais (placas de mordida); dentre os tratamentos invasivos, podem ser citados as cirurgias e as terapias com injeções de substâncias no interior da articulacão temporomandibular (ATM); e ainda podem ser citados outros tipos de tratamento, como acupuntura, agulhamento seco, laserterapia e outros.
Os medicamentos podem proporcionar um alívio rápido da dor e inflamação, no entanto, seu uso prolongado pode ter efeitos adversos significativos. O uso de medicamentos deve ser equilibrado com outras terapias e supervisionado por um profissional de saúde. Entretanto, pelo fato, de medicações analgésicas e anti-inflamatórias serem compradas sem a exigência de receita, há um risco exacerbado de haver cronificação da dor por excesso de medicação. Além disso, outros riscos podem ser enumerados, como gastrite, úlceras estomacais, dor abdominal, náuseas e fadiga.
Medidas simples devem ser tomadas e facilitarão na conduta profissional para o tratamento da dor na DTM. Manter um diário da dor pode ajudar a identificar o padrão da dor e fatores desencadeados, além de ajudar o dentista a determinar quais terapias são mais eficazes para cada caso. Sempre procurar um especialista em DTM para determinar os métodos não invasivos de tratamento e também os procedimentos invasivos quando devidamente indicados e necessários. Por fim, ter expectativas realistas, entendendo que o tratamento da DTM é frequentemente longo e muitos ajustes precisam ser feitos para atender as peculiaridades de cada caso.
Prof. Antônio Rafael Oliveira e Silva
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestrando em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, especialista em Ortodontia, em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais e em Periodontia e graduado em Odontologia
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