Falar em ciência é falar em métodos científicos. Diferente dos demais tipos de conhecimento, a ciência explica fenômenos de forma racional, através da apuração e da constatação. A ciência não é recente e também não opera de forma fragmentada. Ela está sempre em evolução e seu desenvolvimento está ligado a estudos que estão e vem sendo realizados ao longo dos tempos. Ler um jornal, ligar uma lâmpada, usar o celular para ver a previsão do tempo ou se conectar a uma rede social, por exemplo, são ações que se não fossem por estudos e pesquisas realizadas, certamente não seriam possíveis.
Não temos aqui a intensão de destacar quais as mais importantes contribuições da ciência para o desenvolvimento humano e nem fazer uma cronologia de acontecimentos, pois acredite, caso isso fosse feito, teríamos muito que escrever, pois a lista é longa haja vista que as ideias não são desenvolvidas de forma isolada, mas vão se construindo, se conectando e somatizando ao longo dos tempos.
Vamos começar dando como exemplo o uso da eletricidade e da energia térmica, ponto de destaque durante a Revolução Industrial e continuamos, graças a 2a Lei da Termodinâmica, construindo máquinas de rendimento de calor com apropriação da entropia. Graças à ciência e ao desenvolvimento científico, a invenção do semicondutor abriu caminho para o desenvolvimento dos circuitos integrados e, passando para o desenvolvimento social e econômico, podemos citar a World Wide Web, que é a responsável por essa mudança na medida que permite conectar milhões de usuários em todo o mundo.
Citamos também a descoberta do fulereno, que rendeu a três pesquisadores o prêmio Nobel de Química (1996), por ser excelente condutor de calor e eletricidade, podendo substituir dispositivos de silício em computadores, celulares e eletrônicos, além de estudos indicarem ser promissor em áreas como Arquitetura e Engenharia devido sua resistência à tração. Sua nova versão recebe o nome de nanotubo.
Com o advento da revolução cientifica e tecnológica, vieram melhorias inéditas na vida das pessoas em todo mundo. No fim do século 20, pesquisadores já haviam descoberto a estrutura e o funcionamento do DNA, considerada a peça-chave nos mais variados processos, como na fabricação de medicamento, e em terapias de doenças, por exemplo. Hoje, podemos falar em medicina regenerativa que busca criar partes do corpo humano para reposição, como por exemplo, células, tecidos a até mesmo órgão vivos. Assim, não estamos exagerando quando dizemos que a ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a redução da mortalidade por várias doenças e o aumento da longevidade dos seres humanos.
A partir desses exemplos, você deve estar pensando: “Fazer ciência é complicado e requer muito conhecimento”, e você está certo. Embora no nosso dia a dia deparamos com processos corriqueiros que podem ser explicados pela ciência, a mesma é muito abrangente e muito complexa. Segundo especialistas, o século XXI é um dos mais desafiadores para a humanidade e os desafios devem ser enfrentados com a ajuda da ciência. Então, estejam atentos às mudanças.
Referência Bibliográfica:
100 descobertas científicas que mudaram o mundo. National Geographic. ed. 188-A. p.132, abril, 2015. (ISBN 978-85-364-1888-9).
Profª. Drª. Maria Estela A. Giro
Docente do Curso de Redes de Computadores do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Biotecnologia e mestre e graduada em Engenharia Química. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Processos Bioquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas: Fermentação, imobilização celular, remoção de H2S.
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