O tratamento endodôntico tem como objetivo a máxima desinfecção dos condutos radiculares e, para isso, princípios biológicos e científicos devem ser seguidos durante a realização dessa técnica para diminuir as falhas. Sendo assim, uma das causas do insucesso endodôntico é instrumentação endodôntica realizada de forma ineficaz ou imprudente, levando assim, a manutenção da infecção microbiana no interior dos condutos radiculares.
Nestes casos, é fundamental que seja realizado o retratamento endodôntico, após a constatação do insucesso da terapia endodôntica primária. O retratamento endodôntico é um procedimento realizado quando um dente recebeu a tentativa de terapêutica definitiva mas, por algum motivo, durante a execução da técnica ou da microbiota, o caso veio a apresentar insucesso.
Diante disso, vale ressaltar que o retratamento endodôntico, apesar de apresentar as mesmas etapas operatórias da terapeuta inicial, tem uma maior complexidade e prognóstico ruim. Vale ressaltar que, um caso é considerado insucesso quando há sinais e sintomas clínicos evidentes ou que não há resolução da radiolucência periapical em período de até quatro anos.
De forma sucinta, o retratamento endodôntico consiste em remover o material obturador do interior dos canais radiculares, reinstrumentação e reobturação dos canais com o objetivo de corrigir a falha que tenha acontecido no tratamento inicial. Apesar do índice de sucesso do retratamento ser bastante questionável, vale ressaltar que, ao realizar a técnica de maneira eficaz, respeitando os princípios biológicos e científicos, buscando o auxílio das tomografias computadorizadas para entender o motivo do insucesso, é uma técnica que apresenta excelentes índices de sucesso.
Portanto, vale ressaltar que a reintervenção endodôntica é uma opção bastante viável nos casos de insucesso do tratamento endodôntico convencional, desde que sejam respeitados os princípios biológicos e científicos buscando entender os erros que foram realizados na primeira intervenção e estes sejam superados com a reintervenção.
Prof. Me. Luiz Carlos Costa Madeira Alves
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu.
Mestre em Odontologia, especialista em Gestão de Clínicas e Consultório e Endodontia e graduado em Odontologia.
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