Desde o seu lançamento em 2016, Pokémon GO tem causado um fenômeno global ao combinar o mundo dos games com a realidade aumentada, incentivando milhões de pessoas a sair de casa e explorar suas cidades. O jogo revolucionou a forma como as pessoas se movimentam no espaço urbano, transformando o simples ato de caminhar em uma aventura repleta de descobertas e interações sociais.
Essa dinâmica, que inicialmente parecia ser apenas uma moda passageira, acabou por influenciar significativamente o pedestrianismo, trazendo benefícios e desafios para o ambiente urbano. O desenvolvimento desse fenômeno se reflete no aumento da atividade física entre os jogadores, que são incentivados a percorrer longas distâncias para capturar criaturas virtuais e participar de eventos especiais.
Para muitos, o jogo se tornou um motivador para adotar um estilo de vida mais ativo, integrando o caminhar às suas rotinas diárias. Contudo, o impacto do Pokémon GO no pedestrianismo também trouxe à tona questões de segurança e de uso do espaço público. A concentração de jogadores em determinadas áreas, muitas vezes em horários não convencionais, gerou preocupações quanto ao trânsito de pedestres e à adequação da infraestrutura urbana para acomodar essa nova demanda.
Em conclusão, Pokémon GO não apenas popularizou o pedestrianismo, mas também redefiniu a relação das pessoas com o ambiente urbano. Embora tenha promovido uma maior conscientização sobre os benefícios da atividade física e da exploração da cidade a pé, também destacou a necessidade de adaptação das cidades para garantir a segurança e o conforto dos pedestres. Assim, o legado de Pokémon GO vai além do entretenimento, deixando uma marca duradoura na maneira como as pessoas interagem com o espaço público.
Prof. Me. Victor Barbosa Mapurunga Matos
Docente do Curso de Design de Interiores do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências da Cidade, especialista em Building Information Modeling (BIM), graduado em Arquitetura e Urbanismo e sócio diretor da Corus Arquitetos.
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