Em tempos de pandemia da Covid-19 e a decretação pelos governos do isolamento social como uma das contramedidas com fins a evitar a disseminação do vírus, restou evidenciado o que já tangenciava a realidade de todos: a convergência digital. A evolução das tecnologias de informação e comunicação possibilitou a modificação de processos e habilidades e outras tantas dela decorrentes. O poder público, em idos do ano de 1997, com a criação do órgão regulador das telecomunicações, pela Lei n.º 9.472/97, já ressaltava as políticas públicas no tocante à evolução do setor, evidente nas inúmeras aplicações hoje de um “smartphone” de ponta.
A tecnologia da informação promove agilidade, redução de custos, aumento das vendas, e até encontros virtuais, profissionais ou não, que acontecem em tempo real (síncrono). A abrangência de soluções inovadoras, com efeitos ajustados e cogitados no faturamento global de uma companhia, retira a complexidade operacional em se utilizar as novidades apresentadas ao mercado.
Nassim Nicholas Taleb em seu livro “A Lógica do Cisne Negro” traz conceitos e digressões que se aplicam ao momento histórico atual. Alguns não concordam com tal pensamento por acreditar que, diante da previsibilidade da pandemia, afinal aconteceram problemas semelhantes no passado, não se pode dizer que o coronavírus seja um cisne negro. Isso é verdade. Mas o enfoque aqui é por um outro prisma, aquele em que os diversos profissionais não estavam preparados para o momento e as consequências provocadas. Não é tarefa fácil projetar o improvável, o imponderável e o impensável.
A evolução tecnológica tem impacto na empregabilidade. Quando se pensa a respeito do termo, é preciso considerar as habilidades de um profissional, sua qualificação e suas atitudes ante às adversidades e desafios. A flexibilidade diante das demandas do mercado é o que mais influencia a contratação, o que faz destes profissionais os mais desejados pelas empresas.
A empregabilidade é conceito que resolve as competências que um profissional deve ter a fim de ser considerado atraente para o mercado de trabalho. Os fatores que a afetam, dentre os vários, são a qualificação, as habilidades digitais, network, a liderança e a inteligência emocional. Um networking rico e bem alimentado pode aumentar as oportunidades de sucesso profissional. Network (“net” rede e “work” trabalho) significa rede de relacionamentos ou rede de contatos.
Já o benchmarking, como processo de estudo da concorrência, consiste na análise amiudada das melhores práticas usuais por empresas do mesmo setor e que podem ser replicadas no seu negócio. Dos benefícios listados estão a redução de custos, o acréscimo na produtividade e o aumento na margem de lucro. Em síntese apertada, a empresa necessita do benchmarking e os profissionais do network, tudo isso surfando no aprimoramento das tecnologias, o que leva ao surgimento de novas empresas adaptadas à atual conjuntura, com sujeitos resilientes ao processo.
Prof. Afonso Paulo Albuquerque de Mendonça
Docente do Curso de Direito da UniAteneu
Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais; mestrando em Direito Constitucional; especialista em Direito Público e Privado; especializando em Gestão de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching e em Controladoria, Compliance e Auditoria; graduado em Filosofia e Direito e é advogado.
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