A Semiotécnica como ferramenta essencial da prática assistencial da Enfermagem

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A formação da (o) enfermeira (o), durante muitas décadas, foi pautada no modelo biomédico e no exercício do tecnicismo, como diretrizes para se estabelecer a maneira de “cuidar de alguém”. Atualmente, essas práticas são consideradas ultrapassadas, pois a influência das ciências naturais como norteadoras da prática de Enfermagem, são presentes e fundamentais. Basta-nos considerar que a Enfermagem é uma ciência na qual os princípios fundamentais do cuidado de Enfermagem dependem do conhecimento de ciências biológicas, tais como Anatomia, Fisiologia, Microbiologia e Química, entre outras várias.

Uma outra característica, também já há muito tempo ultrapassada, era a sustentação da formação de enfermeiros e enfermeiros, através do enfoque na disciplina, submissão, obediência e pouco senso crítico sobre a realidade, como traços de personalidade e requisito indispensáveis. As relações de poder e de classe que têm permeado a trajetória histórica da profissão podem ser traduzidas através de dicotomias que se manifestam em várias matizes: teoria/prática, docente/assistencial, saber/fazer e trabalho manual/trabalho intelectual.

Diante da necessidade de mudanças de posturas profissionais e conquistas de autonomia nas vivências práticas, atualmente, nas matrizes curriculares da formação acadêmica em Enfermagem foi instituída temática a Semiotécnica, enquanto conteúdo especifico para a profissão, compreendida como a execução de procedimentos estudados na teoria. Estes conhecimentos trabalhados de forma interligada configuram-se como base para as demais disciplinas do Curso de Enfermagem, capacitando os alunos como profissionais completos nos serviços de saúde.

Enquanto exemplos de conteúdos abordados na Semioténcica, encontramos os principais procedimentos realizados dentro da prática assistencial do enfermeiro, como por exemplo, higienização das mãos, cateterização vesical, sondagens gástricas e enterais, punções venosas, aferição de pressão arterial, entre outros. Percebe-se que os novos profissionais desejados no campo da saúde estão passando por constantes mudanças, sendo almejada uma busca pelo delineamento cada vez mais holístico com a integração de metodologias ativas de ensino e aprendizagem que proporcionem olhar diferenciado aos acadêmicos, sendo estes os protagonistas na construção do conhecimento.

Assim, novas perspectivas no universo prático da formação profissional, fornecem resultados positivos para os estudantes, podendo ser citada a implementação de estratégias que exijam uma maior participação de quem está aprendendo, causando uma maior afinidade com o conteúdo abordado. Portanto, o ensino em Enfermagem necessita ser organizado e voltado para o desenvolvimento de habilidades, além de demandar condutas minuciosas e ampliadas sobre as práticas realizadas nos diferentes contextos de saúde, objetificando a formação de profissionais adequados às necessidades da população.

Prof. Me. Alexandre Araújo Freitas
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu.
Mestre em Cuidados Clínicos em Saúde, especializando em Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva, especialista em Docência do Ensino Superior e graduado em Enfermagem.

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