Não é difícil, entre os alunos de um curso de graduação, ter a predileção por uma ou outra disciplina. É perfeitamente compreensível, até. Imediatismo ou imaturidade, a verdade é que cada disciplina que está lá para ser cursada importa, para desenvolvimento de competências e habilidades que nortearão a vida profissional. Muitas vezes, demora o reconhecimento e a percepção deste fato. Entretanto, acima de qualquer disciplina, está o nome da profissão escolhida por cada um. E, na Odontologia, todos que saem da graduação são denominados cirurgiões dentistas, generalistas, aptos a exercerem qualquer uma especialidade da área.
Bem, voltando à questão da identificação com uma ou outra disciplina, quando o paciente chega ao seu consultório, ele vai em busca de uma solução para a sua causa. “Ah, mas eu não gostei dessa disciplina quando cursei, então não faço isso ou aquilo”. Dentro do mundo mercadológico, os pacientes buscam quem resolve o problema. E não necessariamente essa resolução é executando a carreira logo de imediato, mas com uma consulta bem feita, bem avaliada, bem explorada, com solicitação de exames complementares etc. e, a partir daí, após o diagnóstico, traçar os planos de tratamento, quais especialidades estarão envolvidas e verificar ou não a necessidade de encaminhamentos. Mas, como saber para quem encaminhar se nem se reconhece ao menos as necessidades do paciente pelo diagnóstico correto?
Um excelente clínico geral é aquele que sabe diagnosticar. É esse o mínimo que se espera de um aluno graduado em Odontologia. E, para saber diagnosticar corretamente, é necessário entender que, mesmo não se identificando com essa ou aquela disciplina, desde cedo que tratará de pessoas, deverá respeito e empatia a elas, e se não estiver dentro das suas habilidades técnicas para resolução do problema, deverá estar ao menos nas suas habilidades humanitárias facilitar a resolução da dor de seu semelhante.
Então, quem nunca ouviu aquela máxima “quando ninguém souber diagnosticar, vai no dr. Fulano de tal que ele acerta”? E o Dr. Fulano de tal, muitas vezes, nem faz o procedimento, somente encaminha para a equipe correta de atendimento. E ganha a vida com diagnósticos corretos. E a execução do ato odontológico correta? Será tema de um segundo momento de reflexão. Adianto que em se diagnosticar e em se executar corretamente, o mundo estará aos seus pés, pois dentro de um mundo extremamente competitivo, cada vez mais o destaque vem para quem trabalha dentro da ética, da empatia associadas aos conhecimentos científicos.
Profª. Drª. Manoela Moraes de Figueirêdo
Coordenadora do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Doutora e mestra em Odontologia, especialista em Radiologia, em Ortodontia e em Endodontia e graduada em Odontologia (CRO-CE 3322)
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