O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a doença que mais mata e incapacita em nosso país, mas passou a ter tratamento, podendo prevenir e tratar os casos ocorridos. Considerado uma emergência médica, o AVE necessita de uma equipe multiprofissional para traçar um plano de cuidado, reabilitação e prevenção. A Enfermagem é parte integrante da equipe, pois detém conhecimento necessário sobre a doença, tratamento e prevenção. O enfermeiro constrói seu pensamento crítico reflexivo frente aos cuidados emergenciais durante a vida acadêmica. Assim a Enfermagem reconhece o sinal precoce do AVE e estabelece um plano de cuidado baseado no protocolo do Mistério da Saúde. Com isso, o enfermeiro pode assistir o paciente no pré-hospitalar, nas emergências neurológicas e na emergência hospitalar.
A vítima de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico e Hemorrágico pode ser acolhida, avaliada e encaminhada de acordo com as necessidades, e todas as ações de cuidado emergencial serão primordiais na evolução do quadro clínico da vítima. O paciente atendido na emergência pode se beneficiar de um medicamento fibrinolítico, podendo reverter suas sequelas se for vítima de AVE isquêmico, e mesmo que a vítima não seja contemplada com o fibrinolítico, será internada para fazer neuroproteção. Ressalto que a administração da medicação deverá ser realizada pelo profissional enfermeiro dentro das suas atribuições na equipe de Enfermagem.
Diante disso, podemos observar a importância do profissional no campo da Neurologia, pois a vítima de AVE internada fica sob os cuidados intensivos da equipe de Enfermagem, pois esta vítima pode apresentar um déficit neurológico, comprometendo a sua capacidade de compreensão, comunicação, deglutição e mobilidade, afetando significativamente a sua segurança. Com isso, a equipe de Enfermagem promove a adoção de medidas individualizadas para a prevenção de quedas, infecções, lesão por pressão e efetivação da comunicação.
A família da vítima também precisa de atenção e orientação, pois ela será sua rede de apoio. A equipe de Enfermagem, juntamente com a equipe multiprofissional, analisa a situação de cada paciente e delega os cuidados domiciliares à sua rede de apoio, sempre prezando pela independência nas atividades de vida diária do mesmo. Assim, a rede de apoio saberá conduzir as situações inusitadas e imprevistas emergenciais. O AVE pode modificar as rotinas diárias, assim, a reabilitação do paciente envolve os cuidados domiciliares, para que após a alta hospitalar a rede de apoio possa estar organizada e munida de conhecimento para prevenir um novo Acidente Vascular Encefálico.
Assim sendo, é fundamental levarmos em conta que as ações de cuidado realizadas pelo profissional enfermeiro de forma holística e segura geram possibilidades de ampliação no campo profissional, a fim de promover o bem-estar biopsicossocial às vítimas de Acidente Vascular Encefálico.
Profª. Ma. Raquel Silveira Mendes
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, especialista em Saúde Pública e graduada em Enfermagem. É docente integrante do grupo de pesquisa “Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva” da UniAteneu.
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