Neste início de semestre de 2022 eu gostaria de tratar com vocês alunos sobre um tema relevante para os nossos dias atuais, e sim, conteúdo presente ao longo de nossos cursos, muitas vezes encontrado em mais de uma disciplina. Estamos falando da importância da liderança na gestão de qualquer organização, as qualificações e do perfil desejado para um bom líder, aquele líder que irá obter ótimos resultados em sua gestão através das pessoas (colaboradores da organização).
A obra que eu gosto muito neste tema, e recomendo a leitura, é “O Desafio da Liderança”, de Kouzes e Posner. Como muitas outras, esta obra também foi edificada a partir de resultados obtidos em estudo científico, pesquisas. Ainda que os autores Kouzes e Posner tenham apresentado a sua obra há anos, os seus resultados são absolutamente aderentes aos dias de hoje.
Por estarmos num artigo curto, permito-me trazer em uma fórmula o ponto principal da referida obra, qual seja: credibilidade = honestidade (caráter) + competência (qualificação) + inspiração (origem teológica). Na gestão pública do Brasil, seja ela municipal, estadual ou federal, necessário se faz encontrarmos líderes honestos, com qualificação necessária (competente) e sim, aquela liderança que inspira todos os colaboradores (servidores públicos) através da sua conduta irreparável e do exemplo. Aqui, certamente alguns de vocês poderiam refletir: “Bem, caso ele gestor público não reúna todos estes predicados, ao menos precisaria cercar-se de assessores que os tenham”. E eu digo, sim, reflexão perfeita!
Assim chegamos ao ponto deste artigo, o gestor público, que em geral é eleito por nós cidadãos, nomeado ou indicado por políticos, e que precisa necessariamente reunir os predicados mínimos de “credibilidade” para o exercício de sua função. Aqui não iremos fazer nenhum tipo de reflexão em relação à política, deixemos para um outro artigo. Por outro lado, quando o líder gestor público não reúne os predicados mínimos de “credibilidade” aqui apresentadas, e pior, em suas atitudes, percebemos exatamente o oposto disto, qual seja:
a) falha de caráter (exemplo – mentir “fake news” ou tratar o dinheiro público de forma equivocada ou até mesmo criminosa “rachadinha etc.”);
b) desqualificação paLira o cargo e tão pouco se preocupa em obter estas qualificações através dos seus assessores (exemplo – sem planejamento do que fazer nem por onde ir, e logo concentrando-se as energias em discursos ideológicos ou de desconstrução do que existe de bom);
c) não inspiração dos seus liderados (exemplo – através de posicionamento contrário ao senso comum, desprezo pelas minorias, dentre outras).
Enfim, antes de elegermos o gestor público precisamos avaliar bem estes predicados, e após eleitos, precisamos monitorar e cobrar pelo exercício da credibilidade, ou seja, honestidade, competência e inspiração positiva de outrem pelos seus atos.
Prof. Me. Álvaro Pereira da Costa
Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração de Empresas, especialista em Gestão Empresarial e em Executivo em Finanças e graduado em Ciências Contábeis
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