Mercado de trabalho e desafios para Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva

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A Fisioterapia comemorou em outubro de 2019, 50 anos de regulamentação, portanto, ainda é uma ciência em construção. Os paradigmas da profissão se encontram abertos e em franca evolução, sempre em busca de mais conhecimento científico, revertendo-o em prol da comunidade, bem como a valorização profissional. O reconhecimento da profissão e da sua relevância foi acompanhada pelo aumento de profissionais graduados em Fisioterapia.

Nos anos 1980, em decorrência de seu crescimento técnico-científico, houve um maior reconhecimento e valorização da Fisioterapia Respiratória. Este campo de atuação profissional se diferenciava cada dia mais dos atendimentos ambulatoriais realizados em clínicas e centros de reabilitação, tornando-se imprescindível no meio hospitalar, onde, progressivamente foi implementado em enfermarias e unidades de tratamento intensivo (ASSOBRAFIR, 2020).

Nos últimos anos, esses profissionais conquistaram espaço e respeito, fortalecendo os vínculos com as instituições de saúde, aumentando o número de vagas formais no mercado de trabalho, residências e concursos para esta área. Em 2010, foi publicado pelo Ministério da Saúde uma resolução de número 7 (RDC 7), que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de unidades de terapia intensiva (UTI). Nesta, descreve claramente a obrigatoriedade de fisioterapeutas por 18 horas diárias, o que fortaleceu ainda mais a profissão e a especialidade, impactando no aumento do número de vagas.

Porém, recentemente foi publicado uma proposta de alteração da RDC 7, o que fragiliza a assistência aos usuários das UTIs, bem como o mercado para esta área. A Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva posicionou-se contrária a estas alterações e sugere algumas modificações. Para tanto, é necessário a união dos profissionais para galgarmos melhorias para a profissão, bem como a capacitação e responsabilidade dos profissionais inseridos atualmente no mercado. Somos muitos, mas se não nos unirmos e lutarmos pela valorização profissional, nosso caminho será longo e tortuoso (MARQUES, 2015).

Profª. Ms. Amanda Souza Araújo

Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário AteneuDoutoranda e mestre em Ciências Médico-Cirúrgicas, especialista em Cuidados Paliativos, Fisioterapia Respiratória, Fisiologia do Exercício Físico e em Terapia Intensiva e é graduada em Fisioterapia

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