Educação de primeiros socorros para pessoas leigas

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Sabe-se que é de extrema importância a variável tempo no atendimento pré-hospitalar (APH) às diversas vítimas que cotidianamente ocorrem, assim como as práticas e condutas de reanimação cardiopulmonar, que estabelecem a avaliação e correção de lesões cardiorrespiratórias que colocam em risco a respectiva vida. Assim, as reanimações imediatas (baseada em protocolos e diretrizes da American Heart Association) são executadas e salvam vítimas clínicas, minimizando a mortalidade e aumentando o prognóstico.

A população, em geral, não tem noção de condutas e práticas a executar, enquanto o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) chega ao local. O que a população faz ou deixa de fazer pode prejudicar ou não favorecer a melhora da vítima. Assim, faz-se necessário uma formação ampla do público em geral para possibilitar noção de práticas mínimas de suporte básico de vida, a fim de estes prestarem socorro às vítimas, enquanto um serviço especializado se desloca ao sinistro.

Para que haja essa capacitação, deve-se discutir este assunto desde a Educação Básica, perpassando pelo Ensino Fundamental até a educação de nível superior, independente do curso. Do que adianta só os profissionais de saúde saberem sobre primeiros socorros e RCP, se quem estarão próximo aos pacientes durante uma parada cardiorrespiratória (PCR) serão os leigos? Uma população bem capacitada fará uma RCP de qualidade e reduzirá a mortalidade por PCR.

Parada cardiorrespiratória é definida como a interrupção súbita e inesperada das funções vitais, caracterizando pela cessação dos batimentos cardíacos com ineficiência circulatória e ausência de movimentos respiratórios. A RCP precoce (baseada em protocolos e diretrizes da American Heart Association) deve ser executada o quanto antes, para salvar vítimas clínicas, minimizando o número de óbitos e sequelas, aumentando o prognóstico e a sobrevida.

A capacitação do leigo para o atendimento precoce em situações de emergência é fundamental para salvar vidas e prevenir sequelas. A simples atuação de um leigo que rapidamente reconhece uma PCR e chama por socorro especializado, previne a deterioração miocárdica e cerebral. Existem evidências sobre a redução da mortalidade em vítimas de PCR que receberam, de maneira imediata, as manobras de RCP por voluntários e obtiveram a preservação das funções cardíaca e cerebral.

A não formação da população civil implica em um desconhecimento sobre primeiros socorros, especificamente, a reanimação cardiopulmonar, comprometendo a vida de qualquer paciente que possa ser acometido com parada cardiorrespiratória, reduzindo a mortalidade e melhorando prognóstico.

 

Prof. Me. Samuel Ramalho Torres Maia

Docente do Curso de Enfermagem da UniAteneu

Doutorando e mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, especialista em Gestão, Auditoria e Perícias em Sistema de Saúde e em Urgência e Emergência Pré-Hospitalar e graduado em Enfermagem

 

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