Câncer de boca: atenção aos sinais

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O câncer de boca está entre os tipos mais comuns no Brasil, especialmente, entre os homens. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para o triênio 2023–2025 é de mais de 15 mil novos casos por ano. Embora alarmantes, esses números não surpreendem diante dos fatores de risco bem conhecidos: o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a exposição solar sem proteção (no caso dos lábios), a alimentação pobre em frutas e vegetais, além da infecção pelo HPV – associada a alguns tumores de orofaringe.

Apesar de ser um câncer visível e de fácil detecção clínica, muitos pacientes só buscam ajuda quando a doença já está em estágios avançados. Feridas na boca que não cicatrizam, sangramentos, manchas brancas ou avermelhadas, dificuldade para mastigar ou dor persistente podem ser sinais de alerta. O diagnóstico precoce é a principal estratégia de combate, mas isso só é possível quando há conscientização e acesso à avaliação profissional.

É importante lembrar que a boca faz parte do corpo e deve ser examinada com regularidade. Visitar o dentista não deve ser uma atitude motivada apenas pela dor ou estética, mas também uma medida de prevenção. Como professora e especialista, vejo cotidianamente o quanto a desinformação e o medo afastam as pessoas do cuidado com a saúde bucal. O câncer de boca não escolhe classe social, região ou faixa etária. Ainda que atinja mais homens acima dos 40 anos, os hábitos de risco podem estar presentes desde cedo. Falar sobre esse tipo de câncer é, antes de tudo, salvar vidas.

Profª. Emanuelle Craveiro de Melo
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu.
Mestranda em Multiprofissional em Oncologia, especialista em Prótese Dentária, em Implantodontia e em Reabilitações Estéticas e graduada em Odontologia.

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