A maneira peculiar que respondemos ao estresse do exercício

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A adaptação a uma condição de estresse físico ou mais comumente o exercício físico envolve uma grande possibilidade de respostas a depender de que quem esteja realizando a prática. Entretanto, seja as pessoas que lutam para iniciar uma prática, ou profissionais do esporte de rendimento, todos respondem de alguma forma e de maneira similar.

Dentre as diferentes formas de exercícios físico, vias de regra, estimulamos os nossos corpos com estresse que são de característica predominantemente neuromuscular (força, potência e suas variações), estresse de predominância de resistência (de caráter aeróbio) ou a combinação dos dois. Independentemente da forma como nos exercitamos, os nossos sistemas biológicos se adaptam de forma distinta e apresentam tempo para se recompor também de forma diferente. É dessa forma que percebe-se a peculiaridade da resposta ao estresse físico, ou o exercício físico.

Recentemente, Tim Gabbett e Oetter Eric, cientistas das ciências do esporte, desenvolveram uma revisão com imformações bastante pertinente sobre como nossos diferentes tecidos (ossos, músculos e tendões) se adaptam as diferentes formas de estímulos. Inicialmente, precisamos levar em consideração as adaptações agudas e crônicas do estresse físico. Ou seja, deve-se saber o que as pessoas vem acumulando de exercícios para poder pensar em adaptações, lesões ou modificações no futuro.

Por exemplo, saber a quantidade em quilômetros de corrida que aquele atleta foi exposto aquela semana, ou quanto de peso foi levantado por aquele praticante. Paralelo a isso, saber em qual intensidade o atleta correu, ou naquele levantamento o que representou em intensidade para aquele praticante, precisa ser quantificado para um entendimento da magnitude do estresse que a pessoa foi ou está sendo exposta.

Em outras situações peculiares como em esportes coletivos, o número de acelerações que os atletas executaram ou número de saltos realizados, nos direcionam sobre o quanto de recuperação ou estimulos devemos propor, ou que estratégias adotar para aqueles atletas. Alem disso, avaliar a recuperação e o bem-estar de pessoas praticantes de esporte é relevante e devem ser realizadas, pois dará orientação sobre possíveis alterações (aumentar, diminuir ou manter os estímulo físico).

Tais informações nos ajudam a entender a peculiaridade das adaptações, pois de acordo com Gabbett e Oetter Eric, “músculos, tendões e ossos são altamente estressados ​​em algumas atividades de carga (por exemplo, corrida)”. E ainda “dados os diferentes prazos de recuperação, a carga ótima pode ocorrer em um tecido, enquanto a carga subótima pode ocorrer em outro”.

Ou seja, enquanto podemos estar estimulando uma parte do nosso sistema, podemos está exagerando outra parte ou vice-versa. Assim, entender as diferentes respostas adaptativas ao estresse do exercício requer reunir muitas informações para que possamos respeitar o tempo de recuperação e gerar adaptações positivas.

Prof. Me. Júlio César Barbosa de Lima Pinto
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu.
Doutorando em Ciências Médicas, mestre em Educação Física, especialista em Treinamento de Força e em Fisiologia do Exercício e graduado em Educação Física (Bacharelado).

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