A importância da Arquitetura de Interiores para uma existência digna e com qualidade de vida

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A arquitetura de interiores ainda é vista como algo supérfluo e destinado apenas para pessoas que possuem muito dinheiro. Mas engana-se quem pensa assim. A preocupação com o design de interiores vai além de apresentar um ambiente bonito e pode impactar diretamente na qualidade de vida das pessoas. Nos anos 1980, a decoração ainda estava na lista dos itens desnecessários. Hoje, sabe-se que o bom aproveitamento dos ambientes é essencial para ampliar o bem-estar e a produtividade das pessoas. Um bom projeto de interiores não pensa apenas na beleza do espaço, mas proporciona que cada ambiente seja desfrutado ao máximo, aliando design, conforto e praticidade.

– Organização:

Um ambiente bem pensado nos permite uma maior organização, principalmente, quando incorporamos armários e estantes na decoração. Quando a nossa casa está bem harmonizada e organizada, não temos dificuldades para encontrar o que buscamos. Por exemplo, um armário planejado em nosso quarto facilita a organização de nossas roupas e objetos pessoais. Na prática, esta organização vai poupar tempo, reduzir o estresse e permitir que possamos usar mais as peças do nosso guarda-roupa. O mesmo vale para outros cômodos da casa, como cozinha, lavanderia, home office, entre outros.

– Prazer em receber:

Num mundo onde tudo é muito acelerado, o prazer de se relacionar bem com a sua própria casa já gera um conforto que se reflete na forma em que nos relacionamos com os amigos e familiares. Uma casa bem planejada e que traga a nossa personalidade nos detalhes é um convite ao convívio com quem a gente gosta. Por isso, é tão importante pensar os espaços, sobretudo, aqueles voltados para a convivência, como é o caso das salas, varandas e espaços externos. Móveis, acessórios e acabamentos escolhidos na medida certa darão o diferencial necessário para tornar os ambientes acolhedores e confortáveis para moradores e visitantes.

– Planejamento é fundamental:

Ter cuidado na escolha dos móveis que vão compor a decoração de um ambiente é fundamental. Um móvel que seja desconfortável, como um sofá ou uma cadeira, pode causar dores e sensação de cansaço. E precisamos lembrar que vamos ter que nos relacionar com esses móveis todos os dias. Por isso, devemos considerar o tamanho e peso das pessoas que vão usar aquele móvel no momento da escolha. Um ambiente mal planejado pode interferir diretamente em nosso cotidiano. Por exemplo, quando colocamos uma grande quantidade de móveis, sem pensar na harmonia do cômodo, a casa pode transmitir a sensação de bagunça, o que gera um estresse. E mais: ambientes muito cheios de móveis e acessórios podem favorecer pequenos acidentes, como tropeçar ou colidir com algum dos itens da decoração.

– Influência das cores:

Pode parecer besteira, mas as cores provocam respostas variadas ao nosso sistema nervoso. É dessa forma que elas alteram nossas emoções e influenciam em nosso humor. Por isso, é importante definir a funcionalidade do ambiente antes de escolher a sua cor. Enquanto a cor vermelha causa uma sensação de fome e nos estimula, a cor laranja incentiva a criatividade e gera bem-estar e alegria. Se você busca por um clima de calmaria e relaxamento, as cores verde e azul são ideais. Porém, elas podem proporcionar uma sensação de monotonia e vazio, se usadas em excesso. Caso você esteja decorando um ambiente em que será necessária mais atenção ou relaxamento, é sempre bom evitar as cores vivas e optar por tons pastéis. Esse é o caso do quarto ou de um home office, por exemplo.

– Decoração também é identidade:

O nosso estilo reflete a nossa personalidade. Esse toque pessoal está presente na forma em que nos vestimos e também na forma em que decoramos um imóvel. Essa identidade reflete aquilo que nós somos, o nosso jeito de ser e nossas crenças e preferências. Móveis, acessórios e cores são escolhidos de acordo com o nosso gosto, o que garante o toque pessoal de cada decoração. Sentir a nossa identidade em um ambiente facilita a sensação de relaxamento e pertencimento, ideais para o nosso descanso diário. Além disso, quem melhor do que os moradores da casa para dizer como será a funcionalidade de um ambiente?

É seguindo essa linha de identidade proporcionada pela decoração que incorporamos (ou não) elementos religiosos, espirituais e até de nosso estilo de vida na decoração da casa. E podemos fazer isso inserindo representações religiosas, símbolos folclóricos, equipamentos esportivos ou elementos regionalistas, além de acessórios que remetam ao nosso time de futebol, por exemplo. Por isso, sempre que ouvir alguma dica de decoração ou contratar um profissional para lhe ajudar a criar um ambiente de interior, não se esqueça de combinar as orientações técnicas com o seu estilo e personalidade.

Prof. Dr. Frederico Augusto Nunes de Macêdo Costa

Coordenador de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores da UniAteneu

Doutor em Planejamento Urbano, mestre em Geografia Urbana, especialista em Gestão Ambiental e em Geoprocessamento Aplicado à Análise Ambiental e aos Recursos Hídricos e arquiteto e urbanista

 

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