Gestão de estoques e produtividade organizacional: equilíbrio entre recursos e resultados

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A gestão de estoques é uma das funções mais sensíveis e estratégicas dentro da administração de materiais. Ela influencia diretamente a produtividade organizacional, o nível de serviço ao cliente, os custos operacionais e a capacidade de resposta ao mercado. O equilíbrio entre manter estoques suficientes para atender à demanda e evitar excessos que geram desperdícios é um desafio constante para gestores que buscam eficiência e competitividade.

Os estoques representam recursos que, quando bem administrados, garantem fluidez nos processos produtivos e comerciais. A gestão da área apresenta diferentes classificações de estoques – operacionais, de contingência, em processo, acabados – e destaca a importância de métodos de controle como a classificação ABC (ou Curva de Pareto), o Just in Time (JIT), o Kanban e os sistemas de avaliação de giro e cobertura. Esses instrumentos permitem ao gestor tomar decisões mais assertivas, baseadas em dados concretos e alinhadas às estratégias organizacionais.

A produtividade organizacional está diretamente ligada à gestão eficiente dos estoques. Estoques mal dimensionados podem gerar rupturas no abastecimento, atrasos na produção, insatisfação dos clientes e aumento dos custos. Por outro lado, estoques excessivos comprometem o capital de giro, ocupam espaço físico e elevam os riscos de obsolescência. O uso de sistemas integrados de informação, como os ERPs, facilita o monitoramento em tempo real, promove maior controle e permite ajustes rápidos diante de variações na demanda.

Igualmente é importância entender dos inventários físicos e da acurácia dos controles. Saber exatamente o que está disponível, onde está localizado e em que condições se encontra é essencial para evitar perdas, fraudes e falhas operacionais. A realização periódica de inventários, aliada à análise de desempenho dos materiais, contribui para a melhoria contínua dos processos e para a tomada de decisões mais fundamentadas.

Outro aspecto relevante é a relação entre gestão de estoques e sustentabilidade. A racionalização dos recursos, a redução de desperdícios e o uso consciente dos materiais são práticas que não apenas melhoram a produtividade, mas também reforçam o compromisso da organização com a responsabilidade socioambiental. O administrador contemporâneo deve ser capaz de equilibrar resultados econômicos com impactos sociais e ambientais positivos.

Por fim, a gestão logística notadamente de estoques é uma função que exige conhecimento técnico, capacidade analítica e visão estratégica. A sua influência sobre a produtividade organizacional é profunda e multifacetada. Compreender essa relação é essencial para atuar com excelência, promover eficiência, mitigar desvios e gargalos e contribuir para a construção de organizações mais inteligentes, sustentáveis e orientadas para resultados.

Prof. Dr. Ricardo César de Oliveira Borges
Docente do Curso de Logística do Centro Universitário Ateneu.
Pós-doutor e doutor em Geografia, mestre em Administração, tem MBA em Administração e Negócios, especialista em Gestão e Didática do Ensino Superior e em Estratégia e Gestão Empresarial e graduado em Administração de Empresas.

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