Antes de tudo, é fundamental compreender os conceitos de sustentabilidade e design regenerativo, ambos fundamentais para um futuro mais equilibrado. A sustentabilidade, amplamente debatida, refere-se à capacidade de atender às necessidades humanas de maneira eficiente e equilibrada, promovendo a preservação do planeta. Esse conceito envolve o uso consciente e responsável dos recursos naturais, garantindo que as futuras gerações possam usufruir dos mesmos benefícios.
Na Arquitetura contemporânea, a sustentabilidade tem ganhado destaque, com edifícios projetados para minimizar o desperdício de materiais, reduzir o consumo de recursos naturais e priorizar o uso de energias e materiais renováveis. Essa abordagem busca criar espaços com menor impacto ambiental e maior eficiência. Por sua vez, o design regenerativo ultrapassa os limites da sustentabilidade tradicional. Enquanto a sustentabilidade visa minimizar os impactos negativos, o design regenerativo foca em renovar, regenerar e revitalizar.
Ele desafia os projetistas a se conectarem profundamente com a natureza, entendendo os seus ciclos de vida e processos de renovação. Essa abordagem consciente vai além de apenas “não causar danos”, criando soluções que restabelecem e fortalecem a relação entre as pessoas e o meio ambiente. O objetivo é desenvolver projetos que não apenas respeitem o planeta, mas que contribuam para a sua regeneração, promovendo uma interação positiva e restauradora.
Este conceito está sendo difundido em vários países e aplicado na “construção” de mobiliários aproveitando materiais que seriam descartados em diversos seguimentos da cadeia produtiva e quando ainda levamos para a Arquitetura podemos observar um trabalho voltado para ter um impacto positivo ao meio ambiente, além de prever uma regeneração/reversão de alguns danos ecológicos, fazendo assim um ambiente que resista aos desafios naturais além de ser altamente resiliente.
Ao refletirmos sobre os conceitos de sustentabilidade e design regenerativo, percebemos que ambos pertencem a uma mesma corrente de pensamento, voltada para a valorização do verde, a reposição de recursos e o cuidado com o ecossistema, a natureza e o planeta como um todo. No entanto, esses conceitos se diferenciam pelas escalas e abordagens de suas disciplinas. Enquanto a sustentabilidade busca equilibrar o uso de recursos para minimizar impactos negativos, o design regenerativo vai além, propondo ações que restauram, renovam e promovem a regeneração ativa do meio ambiente, elevando o cuidado ainda com o planeta a um nível mais profundo e transformador.
Profª. Eline do Amorim Santos Corrêa
Docente do Curso de Design de Interiores do Centro Universitário Ateneu.
Especialista em Infraestrutura de Transportes – Rodovias, tem MBA Gestão de Projetos em Engenharia e Arquitetura e graduada em Arquitetura e Urbanismo.
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